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Governo do AM determina auditoria para identificar fura-filas em vacinação

Wilson Lima assinou decreto para identificar fura-filas em 48 horas - Sandro Pereira/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Wilson Lima assinou decreto para identificar fura-filas em 48 horas Imagem: Sandro Pereira/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

26/01/2021 08h47

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), determinou hoje uma auditoria na lista de vacinação contra a covid-19 no estado. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União.

De acordo com o decreto, a CGE (Controladoria Geral do Estado) e a SEAD (Secretaria de Estado de Administração e Gestão) tem 48 horas para concluir a auditoria e quem for identificado como "fura-fila" será exonerado, responderá procedimento administrativo e será denunciado ao Ministério Público Federal.

A determinação ocorre em meio a denúncias de servidores que tomaram vacina antes de pessoas de grupos prioritários dentro do plano do Ministério da Saúde, seguido pelo governo do Amazonas.

O decreto pede à CGE e à SEAD uma análise das listas para identificar se os vacinados são profissionais da saúde que atendem aos requisitos de prioridade.

Amazonas iniciou a vacinação na última semana ao receber as primeiras doses de CoronaVac. A prioridade é vacinar indígenas, idosos que vivem em abrigos, pessoas com deficiência residentes em instituições e o equivalente a 34% dos trabalhadores da saúde.

Ontem, o governador Wilson Lima já havia determinado a exoneração de Gerberson Oliveira Lima, um funcionário da Casa Civil que foi vacinado contra a covid-19 indevidamente.

As pessoas que furaram a fila para receber a primeira dose do imunizante contra a covid-19 no Amazonas estão proibidas pela Justiça de receber a segunda. A decisão foi assinada pela juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara da Justiça Federal. Caso insistam no ato, as pessoas estarão sujeitas à prisão em flagrante.

A situação no Amazonas em relação à covid-19 vem se agravando desde as festas de fim de ano. As unidades de saúde de Manaus estão superlotadas e, na semana passada, o estoque de oxigênio nos hospitais acabou. A média móvel de mortes no estado cresceu 217% em relação ao dado de duas semanas atrás.