Queda de energia em hospital no Rio põe em risco 720 doses da CoronaVac
Uma queda de energia no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), na zona norte do Rio de Janeiro, pode ter comprometido cerca de 720 doses da vacina CoronaVac, a primeira contra a covid-19 a ser distribuída e aplicada no Brasil. Os frascos do imunizante precisam ser conservados sob temperatura de 2ºC a 8ºC, mas estavam armazenados em uma ala do hospital que não era coberta por geradores, segundo o jornal O Globo.
O problema aconteceu no último domingo (24), mas veio à tona após a exoneração do diretor da instituição, Edson Joaquim de Santana, assinada pelo ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e publicada ontem no DOU (Diário Oficial da União). Ainda não se sabe, porém, se a demissão foi motivada pelo caso.
Procurada pelo UOL, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse ter sido informada pelo HFB sobre o ocorrido, sem especificar a data, e, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde, recolheu e armazenou o lote de vacinas em câmara fria. Um relatório técnico foi enviado à Secretaria Estadual, que acionou o PNI (Programa Nacional de Imunizações).
Já a Superintendência do Ministério da Saúde no Rio (SEMS-RJ) informou ter sido notificada pelo HFB na quarta-feira (27), três dias depois da queda de energia, e, "assim que tomou conhecimento dos fatos", determinou a investigação do caso.
O UOL também procurou o Ministério da Saúde para questionar se a exoneração de Santana, que estava no cargo há apenas quatro meses, tem alguma relação com a queda de energia no hospital, mas não teve resposta.
Referência em serviços de média e alta complexidade, o HFB foi atingido por um incêndio há três meses, em 27 de outubro de 2020. O fogo chegou às instalações onde funcionam a emergência, as enfermarias, o CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e equipamentos de raio-x, com uma espessa fumaça negra dificultando o trabalho das equipes de resgate.
Três pessoas morreram durante as tentativas de transferência. Pelo menos outras cinco mortes foram registradas nos dias seguintes, mas o Ministério da Saúde diz não ser possível ligá-las ao incêndio, uma vez que se tratavam de pacientes em estado muito grave.
As causas ainda estão sendo investigadas pela Polícia Federal.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)
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