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Prefeita de Bauru rebate secretário por comparação com Manaus: 'inoportuna'

Suéllen Rosim (Patriota), prefeita de Bauru - Reprodução/Instagram
Suéllen Rosim (Patriota), prefeita de Bauru Imagem: Reprodução/Instagram

Douglas Porto

Do UOL, em São Paulo

03/02/2021 15h50Atualizada em 03/02/2021 19h09

A prefeita de Bauru (SP), Suéllen Rosim (Patriota), classificou como "inoportuna" a declaração do secretário de Desenvolvimento Regional de São Paulo, Marco Vinholi, de que "Bauru não pode virar Manaus". O membro do governo de João Doria (PSDB) criticou a condução da chefe do executivo bauruense durante a pandemia do coronavírus.

"Toda a nossa solidariedade ao povo de Manaus, por todo o sofrimento que estão passando. Considero inoportuna a comparação. A prefeitura tem feito a sua parte para evitar um agravamento da crise na saúde, e espera a mesma contribuição do Estado, com a abertura de leitos e o funcionamento em definitivo do Hospital das Clínicas (HC)", afirma Suéllen em nota enviada ao UOL.

Em resposta às afirmações, Vinholi rebate em comunicado ao UOL que "inoportuno é a prefeita não se importar com as vidas que Bauru está colocando em risco, ou que está perdendo para o coronavírus". Sobre sua declaração anterior, argumenta que "Manaus passa por situação catastrófica quanto à covid-19, o que é público e notório, sendo que o que lá ocorre não deve se repetir em lugar nenhum do mundo, muito menos em Bauru."

Suéllen virou alvo de Doria após o encontro com membros do governo federal entre 26 e 27 de janeiro. Na ocasião, ela esclareceu que, "na conversa com o presidente Jair Bolsonaro, falamos sobre a necessidade de investimentos na saúde de Bauru, pois o nosso município é um polo regional. Também mantivemos a disposição em manter um contato permanente com os ministérios".

A Prefeita de Bauru, Suellen Rosim (Patriota), e o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), durante encontro em Brasília - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
A Prefeita de Bauru, Suellen Rosim (Patriota), e o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), durante encontro em Brasília
Imagem: Reprodução/Instagram

Durante entrevista coletiva em 1º de fevereiro, o governador expressou que a prefeita era negacionista e estava fazendo "vassalagem para o presidente Jair Bolsonaro, visitando-o no Palácio do Planalto ao em vez de proteger a população de Bauru e defender a vida e a saúde de seus habitantes".

Em seguida, Suéllen respondeu: "eu não sou vassala. Eu vou aonde for necessário para ter verbas para meu município. Estive em São Paulo como estive em Brasília e fui recebida pelo presidente da República. Se precisar ir para a Lua atrás de verbas, eu vou". E continuou: "agora dizer que eu sou irresponsável, vassala, negacionista. Isso eu jamais vou aceitar. Assim como eu te respeito, peço que o senhor também me respeite".

Após isso, questionado pelo UOL, Vinholi contra-atacou em nome do governo paulista expressando que Suéllen "age não apenas como uma militante bolsonarista. Age como fã; e fã faz tudo pelo ídolo, inclusive ser pouco racional. Num momento em que Bauru tem recorde de casos de coronavírus e 90% dos seus leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva] ocupados, a prefeita passa por cima da Ciência e da Medicina, lançando mão de negacionismo".