Secretário de Duque de Caxias vacina pessoas fora do grupo prioritário
O secretário municipal de Saúde de Duque de Caixas, José Carlos de Oliveira, aparece em vídeo aplicando vacinas contra a covid-19 na rua. Ele é acompanhado por algumas pessoas, mas só uma mulher aparece com o colete de identificação da Prefeitura. Na gravação, José Oliveira é flagrado vacinando pessoas dentro de um carro e um idoso —ele não entrega a ficha de vacinação para nenhum dos imunizados.
O homem que grava o vídeo chega a dizer que a vacinação ocorre de forma aleatória. "Não faz um cadastro da pessoa, não pergunta nome, nada. Só aplica a vacina", diz ele. A ficha de vacinação informa, por exemplo, a data para receber a segunda dose ou qual vacina foi aplicada.
Procurada pelo UOL, a Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias confirmou a vacinação em drive-thru, que aconteceu nos dias 4 e 5 de fevereiro, com a participação do secretário José Oliveira, mas negou que a aplicação do imunizante de forma aleatória: "Tudo foi feito de forma responsável. A prioridade do atendimento são os idosos em veículos, mas quem chegasse a pé também recebeu a primeira dose da vacina".
De acordo com o PNI (Plano Nacional de Imunização), do Ministério da Saúde, a prioridade para receber a vacina, neste primeiro momento, são profissionais de saúde e idosos com 75 anos ou mais.
Ainda segundo a Prefeitura de Duque de Caxias, todas as pessoas imunizadas receberam a ficha de vacinação. "No sistema de vacinação em veículos, uma equipe da Secretaria de Saúde inicia o atendimento fazendo a abordagem nos veículos, onde são preenchidos os dados da pessoa a ser imunizada e a ficha de vacinação, que é entregue ao idoso ou seu acompanhante. Na segunda etapa, o veículo é conduzido até o responsável pela aplicação da vacina, sendo liberado já de posse da ficha de vacinação", afirmou.
A vacinação para pessoas que chegam a pé funciona da mesma forma, diz a Prefeitura. Neste momento, os pontos de vacinação para maiores de 80 anos em Duque de Caxias estão suspensos por falta de doses da vacina contra a covid-19.
O UOL também procurou o Ministério Público do Rio de Janeiro para saber se o caso será investigado, mas ainda não recebeu retorno.
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