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Com fila de espera, AM faz requisição de leitos privados para tratar covid

Paramédicos levam paciente de covid-19 ao Hospital Regional Dr. Jofre Matos Cohen, em Parintins (AM) - Aguilar Abecassis/Futura Press/Estadão Conteúdo
Paramédicos levam paciente de covid-19 ao Hospital Regional Dr. Jofre Matos Cohen, em Parintins (AM) Imagem: Aguilar Abecassis/Futura Press/Estadão Conteúdo

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

15/02/2021 22h48Atualizada em 15/02/2021 23h04

Para tentar reduzir a fila de espera de pacientes, a Secretaria de Saúde do Amazonas informou hoje que fez uma requisição administrativa dos serviços de leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da rede privada de Manaus para pacientes com covid-19.

Segundo a pasta, a notificação foi emitida a 12 hospitais privados ontem, e os hospitais devem informar diariamente à secretaria todos os dias, até às 14h, sobre o quantitativo de leitos ocupados e disponíveis.

O boletim de hoje aponta que existe 220 pacientes em fila de espera por leitos clínicos e de UTI no estado. Já o índice de ocupação na rede privada está em 95,7% de leitos de UTI e 74,7% de leitos clínicos para covid-19.

A requisição, explica o assessor jurídico da pasta, Heleno de Lion, está prevista em decreto estadual de 4 de fevereiro e também na Lei Geral do SUS (Sistema Único de Saúde).

"O conjunto de normas permite aos entes federados — União, estados e municípios — requisitar qualquer tipo de serviço público ou privado, pessoa física ou jurídica, em situação de calamidade. Está previsto na Constituição Federal, na Lei Federal n° 13.979/2020, e no decreto estadual de calamidade pública", explica.

"O estado requisita, usa e quando não precisar mais dos leitos começa um processo administrativo de indenização", completa.

Essas transferências passam a ser a executadas pela Central Unificada de Regulação e Agendamento de Consultas e Exames, responsável também pelas remoções na rede pública de saúde na capital e no interior.