Com 1.090 novas mortes em 24 h, Brasil supera 240 mil óbitos por covid-19
O Brasil superou hoje a marca de 240 mil mortes provocadas pela covid-19. Nas últimas 24 horas, foram notificados 1.090 novos óbitos causados pela doença, elevando o total de vítimas para 240.983 desde o início da pandemia. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.
O número faz do Brasil o segundo país com mais mortes pela doença, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, referência mundial em estudos sobre a covid-19. À frente do Brasil estão apenas os Estados Unidos, com 486.412 óbitos.
De ontem para hoje, houve 55.428 novos diagnósticos positivos para o coronavírus no Brasil. O total de infectados subiu para 9.921.339. Nesse momento em que faltam doses para continuar a vacinação, o Brasil tem 5.505.040 pessoas vacinadas.
27 dias acima de mil
A média dos últimos sete dias é considerada pelos especialistas a melhor forma de observar a tendência da covid-19 no Brasil. Aos fins de semana, por exemplo, os números costumam cair por causa da menor disponibilidade de equipes de saúde para atualizar os dados. A média dos últimos sete dias é uma forma de atenuar essas distorções.
Considerando esse critério, o Brasil chegou hoje a 1.056 mortes por covid-19 por dia, na média dos últimos sete dias. Já são 27 dias consecutivos com a média acima de 1.000 —desde 21 de janeiro.
Os números atuais estão próximos do auge da primeira onda da pandemia, quando o Brasil teve 31 dias seguidos com a média diária acima de mil —entre 3 de julho e 2 de agosto.
No domingo (14), o país atingiu a pior média diária de mortes desde o início da pandemia. Foram 1.105 óbitos por dia, na média de sete dias. Antes, o maior número tinha sido atingido em 25 de julho —1.097.
O cenário do Brasil é considerado estável. O cenário do Brasil é considerado estável. Nos últimos 14 dias, a média diária de mortes apresentou uma alta de 1%. A única região com aceleração das mortes é o Nordeste —alta de 28%.
Há nove estados com cenário de aceleração: Acre, Pará, Rondônia, Roraima, no Norte; Bahia, Ceará, Paraíba, no Nordeste; Goiás, no Centro-Oeste; Minas Gerais, no Sudeste.
Dados da Saúde
Em boletim divulgado nesta terça-feira (16), o Ministério da Saúde informou que, nas últimas 24 horas, foram registrados 1.167 novos óbitos provocados pela covid-19. Desde o início da pandemia, houve 240.940 mortes causadas pela doença em todo o país.
Nas últimas 24 horas, houve 55.271 testes positivos para a covid-19 no Brasil, elevando para 9.921.981 o total de infectados desde o começo da pandemia.
Segundo o governo federal, 8.883.191 pessoas se recuperaram da doença, com outras 797.850 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-14%)
- Minas Gerais: aceleração (19%)
- Rio de Janeiro: estável (-11%)
- São Paulo: estável (5%)
Região Norte
- Acre: aceleração (52%)
- Amazonas: queda (-19%)
- Amapá: estável (-7%)
- Pará: aceleração (58%)
- Rondônia: aceleração (35%)
- Roraima: aceleração (103%)
- Tocantins: queda (-20%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (-3%)
- Bahia: aceleração (55%)
- Ceará: aceleração (49%)
- Maranhão: estável (4%)
- Paraíba: aceleração (20%)
- Pernambuco: estável (12%)
- Piauí: estável (9%)
- Rio Grande do Norte: estável (-9%)
- Sergipe: estável (-10%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-13%)
- Goiás: aceleração (21%)
- Mato Grosso: estável (-11%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-4%)
Região Sul
- Paraná: queda (-45%)
- Rio Grande do Sul: estável (-7%)
- Santa Catarina: queda (-18%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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