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Brasil completa um mês com média de mortes por covid-19 acima de mil: 1.051

Brasil ultrapassou a marca dos 10 milhões de casos confirmados de covid-19 - Aguilar Abecassis/Futura Press/Estadão Conteúdo
Brasil ultrapassou a marca dos 10 milhões de casos confirmados de covid-19 Imagem: Aguilar Abecassis/Futura Press/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

19/02/2021 18h55Atualizada em 19/02/2021 23h46

Há um mês nesta sexta-feira (19), o Brasil tem registrado diariamente média de mais de mil mortes em decorrência da covid-19. Nos últimos sete dias, houve 1.051 vítimas em média. Nas últimas 24 horas, foram registrados 1.345 novos óbitos, um total de 244.955 desde o início da pandemia.

Os números não indicam quando as mortes de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.

O Brasil se aproxima do período mais longo com média de mortes por covid-19 acima de mil: foram 31 dias seguidos, entre 3 de julho e 2 de agosto, durante o auge da primeira onda da pandemia.

No domingo (14), o Brasil apresentou a pior média diária de mortes em toda a pandemia: 1.105. Antes, a maior marca havia sido verificada em 25 de julho (1.097).

Os dados obtidos pelo consórcio junto aos estados são levemente superiores aos divulgados pelo Ministério da Saúde, que notificou 1.308 óbitos confirmados entre ontem e hoje. Assim, pelas contas do governo federal, somam-se 244.765 vítimas desde o início da pandemia.

Segundo a pasta, foram confirmados 51.050 casos nas últimas 24 horas, com o país chegando a 10.081.676 infectados desde o começo da pandemia. Desses, 9.029.159 pessoas se recuperaram da doença, com outras 807.752 em acompanhamento.

Média alta, curva estável

Apesar dos números, o cenário do Brasil é considerado estável. Nos últimos 14 dias, a média diária de mortes apresentou oscilação de 4%.

A média dos últimos sete dias é considerada pelos especialistas a melhor forma de observar o cenário da covid-19. Aos fins de semana e feriados, por exemplo, os números costumam cair por causa da menor disponibilidade de equipes de saúde para atualizar os dados. A média dos últimos sete dias é uma forma de atenuar essas distorções.

Para definir se o cenário é de aceleração, estabilidade ou queda, é calculada a variação no período de 14 dias.

O Centro-Oeste (18%) e o Nordeste (28%) apresentaram aceleração na média de óbitos. As demais estão estáveis: Norte (-7%), Sudeste (-3%) e Sul (11%).

Há dez estados com cenário de aceleração, doze e o Distrito Federal estáveis e apenas quatro em queda.

Pelos dados do consórcio, este é o 4º dia consecutivo com mais de mil novas mortes por covid-19 em um intervalo de 24 horas. Entre terça (16) e quinta (18), foram, respectivamente, 1.090, 1.195 e 1.432 —esta última foi a 3ª maior marca do ano e a 5ª mais alta em toda a pandemia. O recorde ocorreu em 29 de julho, com 1.554. Isso não indica quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, a data em que passaram a constar dos balanços oficiais.

De ontem para hoje, houve 53.049 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país. Desde o começo da pandemia, o total de infectados chegou a 10.081.693.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (-3%)

  • Minas Gerais: estável (-2%)

  • Rio de Janeiro: estável (-6%)

  • São Paulo: estável (-3%)

Região Norte

  • Acre: aceleração (86%)

  • Amazonas: queda (-34%)

  • Amapá: estável (15%)

  • Pará: aceleração (65%)

  • Rondônia: aceleração (65%)

  • Roraima: aceleração (53%)

  • Tocantins: queda (-39%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (8%)

  • Bahia: aceleração (64%)

  • Ceará: aceleração (64%)

  • Maranhão: estável (3%)

  • Paraíba: aceleração (32%)

  • Pernambuco: aceleração (23%)

  • Piauí: estável (-9%)

  • Rio Grande do Norte: aceleração (22%)

  • Sergipe: queda (-25%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (6%)

  • Goiás: aceleração (54%)

  • Mato Grosso: estável (1%)

  • Mato Grosso do Sul: estável (-15%)

Região Sul

  • Paraná: estável (9%)

  • Rio Grande do Sul: estável (14%)

  • Santa Catarina: estável (11%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.