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Empresas poderão comprar vacina contra covid-19 no 2º semestre, diz Wizard

O empresário Carlos Wizard e o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello - Marcos Correia/Divulgação
O empresário Carlos Wizard e o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello Imagem: Marcos Correia/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

25/02/2021 18h07

Empresas poderão comprar vacinas contra a covid-19 a partir do 2º semestre deste ano, afirmou o empresário Carlos Wizard em entrevista para O Globo. Segundo ele, a informação foi compartilhada pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, em reunião.

Ontem, foi aprovado pelo Senado o projeto de lei que facilita a compra de vacinas pela iniciativa privada. O texto prevê que, após a imunização dos grupos prioritários previstos no PNI (Plano Nacional de Imunização), empresas podem ficar com 50% das doses compradas —a outra metade deve, obrigatoriamente, ser doada ao SUS (Sistema Único de Saúde).

Segundo Wizard, o cronograma do Ministério da Saúde estabelece que a população dos grupos prioritários seja vacinada em quatro meses, prazo que começa a ser contado a partir de março.

"Perguntei qual a previsão de tempo para que essas 70 milhões de pessoas sejam vacinadas. Élcio disse que isso ocorrerá nos próximos quatro meses. Estamos falando de março, abril, maio e junho, ou seja, do primeiro semestre", afirmou Wizard ao Globo.

O empresário ainda reforçou a avaliação do Ministério de que, no segundo semestre, as vacinas já podem ser compradas pelo setor privado.

Estados e municípios assumem risco

O texto aprovado ontem pelo Senado também permite que estados e municípios assumam a responsabilidade por eventuais efeitos adversos -- a vacina da Pfizer, por exemplo, não foi comprada pelo governo federal por uma cláusula que isenta a farmacêutica de responsabilidade em caso de efeitos.

O imunizante, entretanto, é o único no Brasil com registro para uso definitivo pela Anvisa e tem eficácia comprovada de 95%. Em dezembro do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou o imunizante da Pfizer: "Lá no contrato está bem claro 'nós [a Pfizer] não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral'. Se você virar um jacaré, é problema seu".

O governo federal também se queixa da "falta de flexibilidade" da vacina Janssen, da Johnson&Johnson, administrada em uma só dose. O imunizante tem 66% de eficácia na prevenção de diversas variantes do novo coronavírus.