Brasil registra mais de 10 mil óbitos em 7 dias e tem novo recorde em média
Com 1.498 mortes por covid-19 registradas nas últimas 24 horas, o Brasil superou a marca de 10 mil óbitos em sete dias, o maior acumulado em uma semana desde o início da pandemia. Ao todo, o país tem 264.446 mortes. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.
Com números acima de mil e dois recordes consecutivos em novos óbitos, foram registradas 10.183 mortes nos últimos setes. Com isso, a média móvel de óbitos bateu um novo recorde pelo oitavo dia seguido: 1.455.
Devido aos números altos da média de mortes, o Brasil completa hoje seis dias com tendência de alta nas mortes. O aumento foi de 40% na comparação com 14 dias atrás.
Este é o 45º dia consecutivo no qual o Brasil apresenta média de mortes por covid-19 acima de mil - o período mais longo em toda a pandemia. Os recordes sucessivos comprovam que o país vive seu pior momento desde março de 2020. Com sistemas de saúde à beira de um colapso, vários estados anunciaram medidas restritivas mais rigorosas para tentar conter o avanço da doença.
As dez maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil foram verificadas nos últimos dez dias:
- 6 de março - 1.455
- 5 de março - 1.423
- 4 de março - 1.361
- 3 de março - 1.332
- 2 de março - 1.274
- 1º de março - 1.223
- 28 de fevereiro - 1.208
- 27 de fevereiro - 1.180
- 25 de fevereiro - 1.150
- 26 de fevereiro - 1.148
Quatro dos cinco dias com maior número de óbitos ocorreram nos últimos sete dias (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):
- 3 de março - 1.840
- 4 de março - 1.786
- 5 de março - 1.760
- 2 de março - 1.726
Dezoito estados e o Distrito Federal apresentam tendência de alta, enquanto apenas um tem queda. Outros sete mantêm índices estáveis.
Das regiões, apenas o Norte se mantém estável (-3%). Todas as demais apresentam tendência de aceleração: Centro-Oeste (33%), Nordeste (77%), Sudeste (17%) e Sul (125%).
Nas últimas 24 horas, houve 67.477 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país. Desde o início da pandemia, o total de infectados chegou a 10.939.320.
Dados da Saúde
O Brasil registrou 1.555 mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, segundo informou o Ministério da Saúde neste sábado (6). Desde o início da pandemia, houve um total de 264.325 óbitos causados pela doença em todo o país.
Na última quarta-feira (3) o governo federal registrou o recorde de mortes por covid-19 em apenas um dia: 1.910 vítimas.
De ontem para hoje, foram computados 69.609 testes positivos para a covid-19 em todo o país, elevando o total de infectados para 10.938.836 desde o começo da pandemia.
Segundo a pasta, 9.704.351 pessoas se recuperaram da doença, enquanto outras 970.160 permanecem em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (4%)
- Minas Gerais: estável (11%)
- Rio de Janeiro: estável (-1%)
- São Paulo: aceleração (30%)
Região Norte
- Acre: aceleração (38%)
- Amazonas: queda (-31%)
- Amapá: estável (-11%)
- Pará: estável (12%)
- Rondônia: aceleração (30%)
- Roraima: estável (10%)
- Tocantins: aceleração (119%)
Região Nordeste
- Alagoas: acelerado (25%)
- Bahia: aceleração (58%)
- Ceará: aceleração (218%)
- Maranhão: aceleração (180%)
- Paraíba: aceleração (62%)
- Pernambuco: estável (-4%)
- Piauí: aceleração (112%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (79%)
- Sergipe: aceleração (76%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (72%)
- Goiás: aceleração (20%)
- Mato Grosso: aceleração (28%)
- Mato Grosso do Sul: acelerado (69%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (75%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (162%)
- Santa Catarina: aceleração (148%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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