Vacinação para idosos de 75 e 76 anos começa na próxima segunda-feira em SP
O governo de São Paulo anunciou hoje a próxima etapa da vacinação contra a covid-19 para grupos prioritários no estado. Idosos com 75 e 76 anos começarão a ser imunizados a partir da próxima segunda-feira (15). Desde a última quarta (3), estão sendo imunizadas pessoas a partir de 77 anos.
A expectativa da gestão do governador João Doria (PSDB) é vacinar 420 mil idosos dessa nova faixa etária. Somando as etapas anteriores da campanha, o governo paulista prevê até agora a imunização de cerca de 3,5 milhões de pessoas.
Em entrevista coletiva sobre a pandemia, hoje, Doria pediu que os idosos evitem concentrar a ida aos pontos de vacinação logo na manhã do primeiro dia da próxima etapa da campanha.
Peço a essas pessoas que evitem concentração na manhã do dia 15 de março, para que não tenhamos filas e desconfortos. Vacinação seguirá normalmente das 8h às 17h. Sei que a ansiedade é grande, mas utilizem horário da tarde e dias 16 e 17 para vacinar sem desconforto.
João Doria (PSDB), governador de São Paulo
O governo paulista também reforçou o pedido para que as pessoas façam um cadastro prévio no site Vacine Já, com o objetivo de agilizar o atendimento e a aplicação das doses.
O governador fez a recomendação em meio a uma coletiva que contou com longa homenagem ao Dia Internacional das Mulheres. O evento realizado no Palácio dos Bandeirantes foi o primeiro do tipo após o início da fase vermelha em todo o estado, que prevê a interrupção de atividades não essenciais. A entrevista coletiva teve mais participantes do que o usual, com uma bancada formada por 14 pessoas.
Na capital, a Prefeitura de São Paulo confirmou ao UOL que retomará os pontos de vacinação drive-thru na segunda, junto com o início da nova etapa da campanha. A intenção é reativar todos os 14 pontos de vacinação drive-thru da cidade. A forma de imunização foi suspensa anteontem, após a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmar que já tinha vacinado 90% dos idosos dos grupos prioritários previstos até então.
Quase 2,5 mi de vacinados
A vacinação em São Paulo vem ocorrendo para grupos prioritários desde 17 de janeiro. Até as 12h50 de hoje, 2.450.584 pessoas haviam sido vacinadas com uma primeira dose e outras 845.821 já completaram a imunização com a segunda dose, segundo o Vacinômetro da administração estadual.
Além dos idosos, a campanha já contemplou até agora profissionais de saúde, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência com mais de 18 anos. Os idosos que vivem em instituições de longa permanência também estiveram entre os primeiros a serem vacinados.
Por enquanto, a imunização em São Paulo conta com duas vacinas: a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, e a da AstraZeneca/Oxford, que teve doses importadas da Índia e será produzida no país pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
O imunizante do Butantan forma a grande maioria entre as doses aplicadas. Segundo o governo paulista, oito de cada dez doses aplicadas no país são da CoronaVac.
Hoje, o Butantan começou a entrega de um novo lote com 1,7 milhão de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde. Com essa entrega, a instituição ligada ao governo paulista totalizará 16,1 milhões de doses repassadas ao governo federal.
Mais vacinas
Doria confirmou hoje que São Paulo e mais estados brasileiros trabalham para comprar doses além daquelas fornecidas pelo Ministério da Saúde. No estado paulista, a ideia é ter 30 milhões de doses adicionais da CoronaVac, que não ficarão à disposição do governo federal, e mais 20 milhões de doses da Sputnik V, a vacina russa que será produzida no Brasil pela União Química.
"São Paulo comprará 30 milhões de doses da vacina do Butantan para completar a vacinação dos brasileiros de São Paulo. E estamos negociando com outros laboratórios. Uma das formas é com governadores, com a Sputnik. Podemos revelar porque todos os governadores foram representados na visita [à fábrica da União Química em Brasília, na semana passada]. A notícia é pública. Colocamos US$ 20 milhões (o equivalente a R$ 114 milhões) na solicitação", afirmou Doria.
O governador também comentou o acordo próximo que o governo federal tem para comprar 100 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech. Doria lamentou que a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenha se recusado no ano passado a negociar um imunizante que agora está próxima de anunciar a aquisição.
"Evidentemente, melhor termos opção de compras de vacina, que não termos. Mas não deixa de ser triste que, seis meses depois de negar a compra de vacinas, o governo federal compre vacinas da Pfizer. É surreal. Podia ter comprado outubro. Milhares de brasileiros morrendo e só agora fazem opção pela compra das mesmas vacinas oferecidas em outubro", comentou Doria.
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