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Pará amplia horário de toque de recolher e fecha academias e cinemas

Governador Helder Barbalho amplia toque de recolher e estabelece medidas mais rígidas no Pará - Divulgação / Agência Pará
Governador Helder Barbalho amplia toque de recolher e estabelece medidas mais rígidas no Pará Imagem: Divulgação / Agência Pará

Luciana Cavalcante

Colaboração para o UOL, em Belém

09/03/2021 20h17

O Pará prorrogou por mais sete dias o decreto de bandeiramento vermelho e ampliou em uma hora o toque de recolher. Essas e outras medidas mais rígidas foram anunciadas hoje à noite pelo governo estadual.

As determinações começam a valer à meia-noite de amanhã (10), mantendo todas as determinações do decreto publicado no dia 3 de março, com acréscimo de restrições. Entre elas está a ampliação, em mais uma hora, da proibição de circulação de pessoas — agora o toque de recolher vale entre as 21h e as 5h. Nesse período só poderão circular pelas ruas trabalhadores de serviços essenciais de saúde ou segurança e pessoas que estejam em busca de atendimento médico.

O novo decreto proíbe o funcionamento de academias e cinemas. Também restringe o horário dos shoppings centers, entre 11h e 19h, medida antes aplicada somente para as praças de alimentação. Já o comércio de rua, que não sofrera alteração de horário na determinação anterior, agora funcionará entre 10h e 17h.

Durante o anúncio do incremento das restrições, o governado Helder Barbalho reforçou que a decisão foi para evitar o colapso no sistema de saúde, como está acontecendo em vários estados nesta segunda onda da pandemia.

"É uma decisão extremamente difícil, mas necessária. Estamos vendo o Brasil inteiro sofrendo, colapsando o sistema de saúde. Das 27 unidades da federação, apenas quatro estados e mais o Pará hoje não tem fila de UTI. Temos estados que chegam a mil pacientes aguardando numa fila. Não podemos deixar que isso aconteça no nosso estado".

O boletim da Secretaria Estadual de Saúde aponta para 76,59% de leitos de UTI e; 51,44%, de clínicos ocupados. Mesmo com uma margem de segurança o governo alerta que é hora de prevenção. "Hoje a nossa margem de segurança de oferta de leito nos coloca numa condição diferenciada, mas isso não pode ser interpretado como se estivéssemos com tranquilidade a ponto de relaxar".