Butantan: estudo preliminar indica eficácia da CoronaVac contra variantes
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou hoje que um estudo preliminar da instituição indicou que a CoronaVac é eficaz contra as novas variantes do coronavírus. O anúncio é feito no pior momento da pandemia de covid-19 no país, impulsionado pelas aglomerações das festas de fim de ano e do carnaval e pela transmissão da variante de Manaus. Além disso, a CoronaVac é a vacina contra a covid-19 mais aplicada hoje no país.
Segundo Covas, o imunizante produzido pelo Butantan foi submetido a um estudo feito por cientistas do ICB (Instituto de Ciências Biomédicas) na própria instituição, que é ligada ao governo paulista. Por enquanto, foram analisadas amostras de sangue de 35 pessoas, e por isso o estudo é considerado preliminar.
A pesquisa foi realizada com amostras do soro de sangue obtidas durante a fase 3 de ensaios clínicos da CoronaVac. De acordo com o Butantan, as amostras são infectadas por novas variantes dentro de um cultivo de células, e assim é testada a capacidade dos anticorpos gerados pela vacina de combater as mutações do vírus.
O diretor do instituto disse que a CoronaVac se mostrou eficaz contra a variante de Manaus, conhecida como P1, e também contra outras três cepas que circulam no país:
- do Reino Unido,
- da África do Sul e
- uma última que surgiu no Rio de Janeiro, a P2.
Já sabíamos que os anticorpos da vacina do Butantan tinham eficácia contra variantes do Reino Unido e da África do Sul, e agora mostramos que têm eficácia contra variantes P1 e P2.
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan
Covas também comentou que, hoje, o Butantan deve encaminhar ao Ministério da Saúde 1,2 milhão doses de vacina. "Na segunda, entregaremos 3,3 milhões. Em cinco dias serão 4,5 milhões", afirmou. "Até o fim de março entregaremos 22,7 milhões doses."
O anúncio foi feito em coletiva da equipe do governador João Doria (PSDB), no Palácio dos Bandeirantes. Com o aumento nos registros de mortes e de internações por covid-19 do estado, a expectativa era que o governo anunciasse a fase roxa do Plano São Paulo, com medidas mais restritivas.
Mas a equipe de Doria evitou impor mais restrições e falou sobre a abertura de leitos e uma nova fase da campanha de vacinação contra covid no estado. A partir do dia 22, idosos com idade entre 72 e 74 anos serão imunizados —esse grupo corresponde a 730 mil pessoas.
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