Topo

Esse conteúdo é antigo

Secretário de São Paulo defende avanço das restrições: 'Não temos saída'

26 nov. 2020 - Edson Aparecido, secretário de Saúde do município de São Paulo: "Nós não temos saída a não ser avançar nas medidas de restrição" - Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo
26 nov. 2020 - Edson Aparecido, secretário de Saúde do município de São Paulo: 'Nós não temos saída a não ser avançar nas medidas de restrição' Imagem: Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

11/03/2021 08h54Atualizada em 11/03/2021 09h24

O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, defendeu hoje um avanço das medidas de restrição para tentar conter o avanço da covid-19. "Nós não temos saída a não ser avançar nas medidas de restrição. Não há outra alternativa", disse ele, em entrevista à TV Globo.

"A alternativa agora para que a gente possa suportar a pressão de internações que estamos tendo e a evolução de casos, precisamos restringir a circulação de pessoas", continuou.

O secretário, no entanto, ressaltou que as medidas mais duras devem ser tomadas de forma conjunta com outras cidades. Segundo ele, uma reunião do comitê de contingência ocorrerá hoje com o governo do estado e medidas mais amplas devem ser adotadas.

"Uma região como a nossa onde o que divide São Paulo e São Bernardo do Campo, Diadema, Taboão (da Serra) é uma rua de cinco metros as medidas precisam ser comuns", argumentou.

Ontem, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), evitou anunciar medidas mais restritivas, um dia depois de o estado atingir um novo recorde de mortes diárias. O estado está na fase vermelha do Plano São Paulo desde o último sábado (6), que permite apenas o funcionamento de serviços essenciais.

Segundo Aparecido, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) é de 84% e a de leitos de enfermaria é de 78% na cidade.

Ontem, de acordo com a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB), cerca de 250 pacientes aguardavam por leitos de UTI e de enfermaria. Aparecido disse que o processo de regulação de leitos é feito todos os dias e as pessoas estão sendo acompanhadas e, caso haja uma evolução do quadro em 72 horas, o encaminhamento para um leito de UTI é feito.

Ele diz que a prefeitura está tentando fazer um esforço para aumentar os leitos, mas alertou para a velocidade alta de disseminação da doença. "Todo esse esforço é absolutamente insuficiente se as pessoas não perceberem que estamos num momento trágico, dramático, precisam circular menos na cidade para que o vírus não se dissemine com a velocidade que está se disseminando."