Paes alerta para alta de 20% na busca por hospitais: 'medidas preventivas'
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), explicou por que prorrogou as medidas restritivas na cidade. Ele afirmou que é uma atitude preventiva, causada principalmente pelo crescimento na busca por atendimento médicos. Os hospitais da rede pública receberam 20% de pessoas a mais com sintomas de covid-19.
"Tem mais pessoas procurando a rede pública com sintomas. São casos que provavelmente vão se confirmar. Não quero que essas pessoas venham a morrer. Porque se tiver colapso nos hospitais, vai ter dificuldade para atender. O que estamos fazendo é medida preventiva", alertou Paes.
A quantidade alta de internações em leitos de UTI também preocupa Paes. "O que vamos tentar fazer é evitar que a curva de mortes suba. A gente faz isso com tratamento clínico adequado. E ao mesmo tempo evitando que tenha superlotação nos hospitais. Tem dados que nos fazem agir preventivamente. O número de internações está chegando a 1000. Ontem até passamos de 1000", destacou o prefeito.
Apesar de as medidas restritivas serem tomadas desde a semana passada, Paes acredita que os efeitos não vão aparecer agora. Por isso ele espera mais dias difíceis no combate contra a covid-19.
"Não vamos esperar hospitais encherem e pessoas morrerem para dizer 'agora vamos fazer alguma coisa'. Os números de hoje já apontam para uma situação difícil que virá, por uma semana ou 10 dias", concluiu.
Ontem o estado do Rio de Janeiro registrou 69 mortes por covid-19 e 2.436 novos casos da doença, segundo boletim da secretaria estadual de Saúde.
Com esses acréscimos, o número de casos da doença no estado se aproxima dos 600 mil: agora são 599.572. O número de mortos chega a 33.893. A capital concentra tanto o maior número de mortes (19.207) como o maior número de casos no estado (211.075).
Medidas anunciadas hoje
A Prefeitura do Rio de Janeiro prorrogou até o dia 22 de março as medidas restritivas para tentar conter o avanço da covid-19 na cidade. As medidas tinham validade até hoje, mas um decreto publicado no Diário Oficial ampliou o prazo das determinações.
Pelo decreto, assinado pelo prefeito Eduardo Paes (DEM), segue proibida a permanência (mas não a circulação) nas vias, áreas e praças públicas do Rio entre 23h e 5h.
O decreto, no entanto, traz algumas mudanças menos restritivas. Bares e restaurantes ganharam mais tempo e poderão funcionar até as 21h.
Após esse horário, os estabelecimentos poderão funcionar nas seguintes modalidades: entrega em domicílio, drive thru, e entrega rápida com retirada do produto no estabelecimento (take away).
O novo decreto também permite até as 17h a prestação de serviço nas praias e na orla marítima, incluindo o comércio ambulante fixo e itinerante.
Todas as atividades com atendimento presencial terão limitação de circulação de público de 40% da capacidade.
Fica vedado o funcionamento de eventos, festas e atividades transitórias em áreas públicas e particulares, incluindo rodas de samba, boates e casas de espetáculo.
Estabelecimentos que desrespeitarem as normas estabelecidas pelo decreto poderão ser interditados. Já as pessoas que desrespeitarem as normas serão multadas em R$ 562,42.
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