PR: Cidade registra fila de carros funerários para a retirada de corpos
Localizada na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, a cidade de Foz de Iguaçu (PR) registrou fila de carros fúnebres para fazer a retirada de corpos na última quarta-feira (10). A situação aconteceu em frente ao Hospital Municipal Padre Germando Lauck, referência no tratamento de covid-19.
A concentração de veículos ocorreu no dia em que foram registrados dez óbitos por coronavírus na unidade. O diretor da casa de saúde, Sérgio Fabriz, reforçou ao UOL que todos receberam atendimento e estavam sendo acompanhados por profissionais de saúde, porém, não resistiram com o agravamento do quadro de saúde.
Dos 10 óbitos, seis estavam na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e outros dois no pronto-socorro, criado para atender pacientes com problemas respiratórios. Além desses, duas pessoas foram levadas pelo Samu ao hospital, já em parada cardiovascular. Todos apresentavam suspeitas ou diagnóstico confirmado para coronavírus.
Fabriz acredita que a maior parte dos veículos fúnebres foram buscar corpos de pessoas vítimas da covid. Porém, o diretor do hospital ressalva que junto ao hospital também funciona o SVO (Serviço de Verificação de Óbitos), para onde são encaminhados os corpos de pessoas que morreram por causas naturais não identificadas. O serviço atende oito municípios da região.
O diretor frisa que, além dos 260 mil habitantes da cidade, o hospital também atende brasileiros que moram no Paraguai, que reabriu as fronteiras em agosto do ano passado, um mês antes da criação do PS respiratório. São mais de 180 mil brasileiros vivendo em Ciudad del Este. Por outro lado, a Argentina mantém as fronteiras fechadas.
Em Foz do Iguaçu, também há um hospital particular, que não é considerado de referência para tratamento da covid. "Eles estão na retaguarda", observa Fabriz.
O hospital municipal tem 137 pessoas internadas em leitos voltados para atendimento de pessoas com coronavírus. Dessas, 70 estão UTI e o restante na enfermaria ou no PS respiratório, que recebem o mesmo atendimento de quem está na UTI, sendo acompanhados de perto 24 horas por dia, segundo o diretor.
"A situação é preocupante, estamos perto do limite. Mas reforço novamente que nenhuma morte ocorreu por ausência de equipamentos ou profissionais."
Fabriz explica que a taxa de mortalidade na UTI covid é 30,6% - ou seja, a cada dez pessoas internadas, três vem a óbito. Em outras cidades, segundo o diretor, o índice passa dos 50%.
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