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Após colapso, Amazonas doa cilindros de oxigênio ao Paraná

14.jan.2021 - Familiares de pacientes levam cilindro de oxigênio para o Hospital e Pronto-Socorro 28 de agosto, em Manaus - Sandro Pereira/Fotoarena/Estadão Conteúdo
14.jan.2021 - Familiares de pacientes levam cilindro de oxigênio para o Hospital e Pronto-Socorro 28 de agosto, em Manaus Imagem: Sandro Pereira/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

18/03/2021 18h35

Após colapso no sistema de saúde, que deixou hospitais sem leitos e sem insumos, o Amazonas anunciou que vai doar cilindros de oxigênio a outros estados. O Paraná será o primeiro a receber a doação, afirmou a Secretaria de Saúde do Estado.

Além dos cilindros, o estado passa a receber pacientes de outras cidades do Brasil. Já estão no Amazonas 12 pacientes de UTI covid que vieram do Acre e de Rondônia, além de 18 pacientes com quadros leves ou moderados. "A operação tem um caratér de retribuição", disse o secretário executivo de Saúde, Jani Kenta Iwata. "Retribuição por tudo que recebemos em termos de doações. Temos nossa rede de oxigênio equilibrado e termos condições de retribuir".

Neste primeiro lote, o Paraná receberá 200 cilindros de oxigênio.

"Nós recebemos insumos no pico da pandemia e esses insumos nos ajudaram a salvar vidas", relembrou Aída Cristina Tapajós, diretora do Hospital Platão Araújo, em Manaus. "Todos esses cilindros foram para atendimento dos pacientes que estavam em corredor. Neste período, em Platão Araújo, não houve nenhuma morte [por falta de oxigênio] graças à mobilização nacional".

Nesta semana, boletim do observatório covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) refletiu o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil, como definiu o laboratório. Das 27 unidades federativas do Brasil, 24 estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos no SUS (Sistema Único de Saúde) iguais ou superiores a 80%, sendo 15 com taxas iguais ou superiores a 90%.

Diante do cenário, cidades e estados começaram a tomar medidas mais duras para tentar conter a contaminação. São Paulo anunciou hoje que vai antecipar feriados para tentar aumentar o isolamento social. Em todo o estado, a taxa de ocupação de leitos de UTI, até quarta-feira (17), era de 89,9%.