Com aumento de mortes, associação de funerárias recomenda suspender férias
A Abredif, associação que representa os donos de funerárias no país, emitiu uma nota recomendando a todas as empresas do setor que suspendam as férias de seus funcionários e adotem outras medidas diante do agravamento da pandemia do coronavírus no Brasil.
Ontem, o país registrou 2.736 mortes por covid-19 em 24 horas e bateu recorde pelo 19º dia consecutivo na média móvel de óbitos, superando pela primeira vez a marca de 2.000 vítimas.
A primeira recomendação da entidade para evitar um colapso no setor é a suspensão de férias, em curso ou já programadas, dos funcionários ligados diretamente a toda cadeia de atividade funerária.
A associação também recomendou a realização de estudos, por parte das empresas, para verificar a disponibilidade de vagas nos cemitérios e para identificar a capacidade máxima de atendimento diário de cada funerária.
Após essa etapa, a entidade pede para que os empresários enviem um alerta à associação quando o número de casos de uma semana atingir ou ultrapassar 80% da capacidade.
A última recomendação é que as funerárias busquem, por todos os meios, ampliar seus estoques para que possam atender por 30 dias um número de funerais três vezes superior ao ao que era feito antes da pandemia.
"Contamos, neste momento tão especial de nossas vidas, com a união de todo nosso setor e com o empenho e a dedicação plena, para realização de nossa missão", diz a nota assinada pelo presidente da associação, Lourival Panhozzi.
A entidade disse ainda que está preparando um novo protocolo de atendimento para o setor em caso de uma "situação extrema", que poderá ocorrer se as medidas de contenção da transmissão que estão sendo adotadas por estados e municípios não surtirem efeito.
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