Governo de SP anuncia hospital só para covid na zona norte da capital
O governo de São Paulo anunciou hoje que dedicará mais um hospital da capital do estado para atender apenas pacientes com covid-19. O Hospital Geral de Vila Penteado, no bairro da Freguesia do Ó, na zona norte da cidade, terá a partir de amanhã (23) apenas pacientes em recuperação da doença causada pelo coronavírus.
Segundo o governo estadual, são mais 196 leitos, 55 de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e 141 de enfermaria.
"Esses leitos fazem parte da expansão da rede, que prevê 1.100 leitos novos [em março]. Isso ajuda na distribuição de logística e insumos", afirmou o vice-governador Rodrigo Garcia (DEM).
"Todas as demais doenças desse hospital estão sendo absorvidas por outros hospitais da região", confirmou Garcia.
Este é o 14º hospital da capital exclusivo para a covid —são 11 municipais e três estaduais. No início do mês, o governo já havia anunciado a adaptação do Hospital São José, no bairro do Imirim, também na zona norte da capital. A unidade deverá estar pronta até o fim do mês.
A terceira unidade estadual dedicada ao tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus é o Hospital Geral de Guianases, na zona leste.
Além do Vila Penteado, são eles:
- Hospital da Bela Vista (centro)
- Hospital da Brasilândia (zona norte)
- Hospital Brigadeiro (centro)
- Hospital da Capela do Socorro (zona sul)
- Hospital de Guaianases (zona leste)
- Hospital de Guarapiranga (zona sul)
- Hospital de Itaquera (zona leste)
- Hospital do Jabaquara (zona sul)
- Hospital de Parelheiros (zona sul)
- Hospital de Santo Amaro (zona sul)
- Hospital Sorocabana (zona oeste)
- Hospital da Vila Maria (zona norte)
- Hospital São José (zona norte)
Nas últimas semanas, o estado de São Paulo convive com uma alta constante nas internações, que já levaram diversas unidades de saúde ao colapso, com todos os seus leitos de UTI ocupados. Mesmo com a abertura de novos leitos, o estado se aproxima dos 30 mil pacientes internados e já ultrapassou os 90% de ocupação de leitos de terapia intensiva.
'Hospitais de catástrofe'
Na semana passada, ao anunciar a readequação de unidades de saúde para atender apenas pacientes com covid-19, a Prefeitura de São Paulo chamou os locais de "hospitais de catástrofe". O secretário de Saúde municipal, Edson Aparecido, admitiu que o sistema de saúde estava colapsando, após a cidade confirmar a primeira morte de um paciente que não conseguiu atendimento médico.
A estratégia de agrupar pacientes infectados na mesma unidade de saúde se faz mais necessária quando a ocupação de leitos de UTI ultrapassa 90%, já que o sistema começa a não ter mais condições de fazer transferências para desafogar os hospitais mais sobrecarregados.
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