Governo de SP cria rede de doação de plasma para tratamento da covid-19
O governo de São Paulo anunciou hoje a criação de uma rede de doação de plasma sanguíneo que será usado no tratamento de pacientes com covid-19. O projeto piloto é tocado pelo Instituto Butantan, que também divulgou hoje que está desenvolvendo uma vacina 100% nacional contra a doença causada pelo novo coronavírus.
A técnica de tratamento com plasma convalescente usa o sangue de pessoas que já foram infectadas pelo coronavírus e promete ajudar o sistema imunológico a responder melhor contra a covid-19, fornecendo anticorpos prontos.
Para tocar o projeto piloto, o Butantan terá cinco hemocentros cadastrados junto à instituição para as doações. São eles:
- H. Hemo, em São Paulo
- Pró Sangue, em São Paulo
- Colsan, em São Paulo
- Hemocentro Unicamp, em Campinas
- Hemocentro de Ribeirão Preto
Após as doações, as transfusões serão realizadas inicialmente em pacientes de Santos e Araraquara —cidades que tiveram altas explosivas de casos neste ano. Segundo Dimas Covas, diretor do Butantan, a ideia é estender o projeto para outros municípios paulistas depois.
O objetivo do plasma é transferir ao paciente anticorpos de maneira passiva, até que o organismo afetado tenha tempo de reagir e montar a sua resposta imune. Trata-se de uma vacina instantânea, uma forma de tratamento que pode ser usada em meio à pandemia.
Dimas Covas, diretor do Butantan
O uso do plasma convalescente no tratamento de pacientes com covid-19 já vem sendo feito em São Paulo desde o início da pandemia, mas agora haverá um esforço maior para a aplicação e análise do procedimento, de acordo com o governo. A técnica é indicada para pessoas que estejam apresentando sintomas há 72 horas, no máximo.
Os pacientes que receberão o plasma serão dos grupos afetados com maior gravidade pela doença, que incluem idosos, pessoas com comorbidades e imunossuprimidas.
Doações
A maioria dos requisitos para a doação de plasma são as mesmas para a doação de sangue.
- A pessoa tem que ter entre 16 e 69 anos
- Pesar no mínimo 50 kg
- Ter boas condições de saúde.
Além disso, o doador precisa ter confirmada a infecção anterior pelo coronavírus por registro clínico, e esperar 30 dias após se recuperar da covid-19.
O Butantan indica que os voluntários sejam do sexo masculino de forma prioritária. O motivo, segundo o instituto, é que a mulher libera durante a gravidez anticorpos que podem causar uma reação grave na pessoa que recebe o plasma.
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