Topo

Esse conteúdo é antigo

Fase vermelha: Estados ampliam restrições para enfrentar covid-19 no país

Movimentação de equipes médicas na chegada de pacientes ao Hospital Metropolitano, em Campinas (SP) - Karen Fontes/Código19/Estadão Conteúdo
Movimentação de equipes médicas na chegada de pacientes ao Hospital Metropolitano, em Campinas (SP) Imagem: Karen Fontes/Código19/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

27/03/2021 11h56Atualizada em 27/03/2021 12h24

Com remédios em falta, UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) lotadas e filas de espera para pacientes da covid-19, o colapso do sistema de saúde brasileiro se tornou uma realidade. Para evitar que o vírus siga contaminando a população, estados de todo o país ampliaram medidas restritivas, com a adoção da fase vermelha, uma das mais críticas. Apesar das categorias de risco variarem de região para região, a medida costuma apontar para o "alto risco de transmissão na pandemia e baixa capacidade do sistema de saúde".

Hoje, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), anunciou que o bandeiramento da Região Metropolitana I, que integra a capital Belém e os municípios Marituba, Ananindeua, Benevides e Santa Bárbara passam a ser vermelho.

O toque de recolher das 22h às 5h passa a valer, com a proibição de circulação de pessoas nas ruas e horário de funcionamento de restaurantes e lanchonetes devem encerrar às 18h. A região saiu do regime de bandeiramento preto, que permitia apenas o funcionamento de serviços essenciais ao longo de 15 dias.

No estado de São Paulo, a fase emergencial passou a valer em todos os municípios. Dentre outras regras impostas pelo governador João Doria (PSDB) está o toque de restrição entre as 20h e 5h. A medida vale para todos os dias.

Além disso, o governo estadual determinou a obrigatoriedade de teletrabalho para diversas áreas e restrição de funcionamento do comércio e de atividades religiosas coletivas. Os templos tiveram permissão para abertura "para manifestação de fé individual". Já os eventos esportivos — profissionais e amadores — foram suspensos em todo o estado.

Bloqueios sanitários nas estradas, praias e calçadões foram feitos na Baixada Santista para evitar a circulação de pessoas durante o megaferiado decretado na capital. O lockdown decretado pelas nove cidades da Baixada Santista passaram a valer em 23 de março e seguem até 4 de abril.

Para conter o ritmo de contaminação, desde o dia 19 de março Alagoas voltou para a fase vermelha do Plano de Distanciamento Social Controlado. Com as regras, bares, restaurantes e lanchonetes só podem funcionar com entregas, na modalidade delivery e "pegue e leve".

O toque de recolher também foi adotado no estado entre 21h e 5h. Todas as medidas seguem em vigor até o dia 30 de março, de acordo com o decreto assinado pelo governador Renan Filho (MDB).

Recorde de mortes no Brasil e falta de insumos

O Brasil registrou ontem um novo recorde de mortes por covid-19, com 3.600 óbitos em 24 horas. Os números foram levantados pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

A média móvel dos casos registrou maior número desde o início da pandemia, com 2.400 vítimas fatais da doença nos últimos sete dias. Estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás e Santa Catarina registraram aumento de mortes.

O MPF (Ministério Público Federal) encaminhou um ofício ao Secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia, Jorge Luiz de Lima, pedindo medidas urgentes para equacionar a relação entre a produção e disponibilidade de oxigênio para o país.

O pedido leva em conta o risco de desabastecimento do insumo, que atende pacientes da covid-19 e o setor industrial. O prazo de resposta do documento é de três dias.

Procuradores de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Sergipe pedem que o Ministério da Economia informe quais são as medidas adotadas em parceria com o Ministério da Saúde para evitar que haja o desabastecimento de oxigênio.