Sindicato cobra prioridade na vacina e ameaça greve no transporte
Líderes sindicais cobraram prioridade na vacinação contra a covid-19 de profissionais do transporte público, em São Paulo, e ameaçam entrar em greve no dia 20 de abril, caso a reivindicação da categoria não seja atendida por autoridades.
"Chegamos ao limite da nossa paciência. Estamos assistindo nossos colegas morrendo por estarem exercendo a sua profissão. As empresas continuam lucrando, despreocupadas com a vida de seus funcionários, portanto são solidariamente responsáveis por esse caos", disse Valdir de Souza Pestana, presidente da FTTRESP (Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado de São Paulo).
"A sociedade está se contaminando dentro dos ônibus que seguem superlotados. Motoristas e cobradores estão morrendo por conta do ambiente em que trabalham e as autoridades estão se fazendo de cegas", protestou Valdevan Noventa, deputado federal e presidente do Sindmotoristas (Sindicatos dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo).
A paralisação geral está prevista para o dia 20 de abril e, segundo eles, motoboys, caminhoneiros, motoristas de aplicativo e outros transportadores podem se juntar à categoria no protesto.
No encontro, o secretário do Sindmotoristas, Francisco Xavier, afirmou que até agora foram registrados 1.373 casos de covid-19 entre trabalhadores de transporte. Pelo menos 131 morreram em decorrência da doença em São Paulo, segundo levantamento do sindicato.
Policiais e professores
Na semana passada, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a vacinação para professores e policiais. A expectativa é que a imunização desses profissionais comece já em abril.
A imunização de profissionais da educação vai abranger todos os professores, da rede pública e privada. Na primeira etapa da vacinação, serão imunizados 350 mil professores, diretores de escolas, inspetores de alunos e outros profissionais que trabalham nas escolas das redes municipais, estadual e privada do Estado de São Paulo. A vacinação dos profissionais da educação era uma demanda da categoria para a volta às aulas.
São Paulo é o primeiro Estado a vacinar professores, iniciativa que foi adotada por alguns países, como o Chile e a Argentina. Segundo estudo do movimento Vozes pela Educação e Fundação Lemann sobre a volta presencial no exterior, outros três países também colocaram os professores como prioritários na vacina: Reino Unido, França e Uruguai.
Segundo o governador, policiais e administração penitenciária começarão a ser imunizados contra a covid-19 a partir de 5 de abril. A expectativa da gestão do tucano é de vacinar 180 mil pessoas da área de segurança pública. Serão imunizados, além de policiais militares, civis e científicos, também agentes de segurança e escolta penitenciária. Os efetivos das guardas civis metropolitanas municipais e da Polícia Federal também estão na lista.
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