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Demanda da China pode atrasar vacinas para Brasil, diz diretor do Butantan

Dimas Covas teme possíveis atrasos na entrega da matéria-prima para produção de vacinas - Divulgação
Dimas Covas teme possíveis atrasos na entrega da matéria-prima para produção de vacinas Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL

05/04/2021 23h19

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, responsável pela produção da CoronaVac, afirmou que a aceleração da vacinação na China pode afetar a importação de matéria-prima para o imunizante aqui no Brasil.

Durante participação na GloboNews, na noite de hoje, Dimas Covas fez um alerta para a possibilidade de um eventual atraso na produção da CoronaVac pelo Instituto Butantan, por conta do aumento do número de vacinados na China.

"Essa demanda do governo chinês por vacinas pode, de certa forma, interferir no fornecimento de vacinas para o Brasil e para o mundo. No caso específico do Butantan, nós não importamos vacinas prontas, importamos matéria-prima, isso dá uma certa tranquilidade", afirmou o diretor do Butantan.

Apesar de estar ciente da possibilidade do atraso, Covas ponderou que, até o momento, está tudo "dentro do planejado".

"Temos sim conversas muito intensas para não ocorrer atrasos nesse fornecimento. É tudo que nós não precisamos nesse momento. Iremos ter um embarque de IFA nos próximos dias e estamos aguardando para que nada tenha mudado nesse sentido", continuou Dimas Covas.

O diretor do Butantan ressaltou que a China é hoje o país que mais demanda vacinas e que existe uma solicitação do governo chinês junto à Sinovac de fornecimento grande de vacinas. Segundo o porta-voz do Butantan, a Sinovac está colocando em operação outra fábrica agora no mês de abril com capacidade para mais de meio bilhão de produção de vacinas.