Políticos atacam Bolsonaro por recorde de mortes: E daí? Ele não é coveiro
Pela primeira vez em toda a pandemia, o Brasil registrou mais de 4 mil mortes provocadas pela covid-19 em um intervalo de 24 horas. Segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde, foram 4.211 óbitos em todo o país. Já o Ministério da Saúde informou que foram reportados 4.195 óbitos causados pela doença entre ontem e hoje.
Diante de mais um recorde, políticos se manifestaram nas redes sociais sobre os dados divulgados pelo Ministério da Saúde e criticaram o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Deputado estadual em São Paulo, Arthur do Val (Patriota) escreveu: "4195 mortes hoje. 330 mil no total. E daí? Ele não é coveiro!".
Do Val fez referência a uma frase dita por Bolsonaro em abril do ano passado. "Presidente, hoje temos mais de 300 mortes. Quantas mortes o senhor acha que...", dizia um jornalista, quando foi interrompido. "Ô, ô, ô, cara. Quem fala de... eu não sou coveiro, tá?", respondeu.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), cobrou o aumento da vacinação: "A triste marca de hoje só reafirma a necessidade de acelerarmos as vacinas", postou.
Outros políticos que fazem oposição a Bolsonaro também se manifestaram no Twitter. Veja:
Até então, pelos números do ministério, o recorde anterior havia sido computado em 31 de março, com 3.869 mortes. Desde o início da pandemia, o total de mortos em todo o país subiu para 336.947.
Em um mês, o Brasil dobrou o número de mortes pela covid. Em 10 de março, registrou mais de 2.000 óbitos nas últimas 24 horas. Dias depois, em 23 de março, o país superou a marca de 3.000 mortes no mesmo dia.
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