Movimento de favelas entrega pedido de impeachment de Bolsonaro
O Movimento Nacional das Favelas e Periferias entregou hoje à Câmara dos Deputados um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O grupo argumenta que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade na condução da pandemia de covid-19.
O pedido de impeachment foi elaborado pela ABJD (Associação Brasileira de Juristas pela Democracia). As deputadas federais Maria do Rosário (PT-RS) e Benedita da Silva (PT-RJ) assinaram o pedido como testemunhas.
No documento apresentado na tarde de hoje no Salão Negro da Câmara, o Movimento afirma que "o número de crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro é imenso" e argumenta que "as ações criminosas do Presidente Jair Bolsonaro no contexto da pandemia da Covid-19 constituem-se em agressões diretas aos direitos fundamentais".
"No cenário de pandemia de um vírus letal, as ações de um governante que se recusa a oferecer condições para o enfrentamento para enfrentamento do problema, ao contrário, age para estimular a proliferação, termina por se configurar um mal tão grande quanto a própria doença", diz o texto.
Em outro trecho, o Movimento Nacional das Favelas e Periferias lembra informações falsas divulgadas por Bolsonaro e o ataque a entes como o Congresso, o STF (Supremo Tribunal Federal) e os governadores. "Bolsonaro deu início a um festival de desinformação, de desorganização administrativa e de renovação de ataques aos entes subnacionais, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal."
Procurada pela reportagem do UOL, a Presidência da República ainda não se manifestou sobre o pedido de impeachment.
Desde o começo do mandato, já foram protocolados mais de 70 pedidos de impeachment do presidente. Destes, cerca de metade foram feitos durante a pandemia de covid-19. Nenhum dos pedidos, porém, foi levado para discussão na Câmara.
Para a deputada Maria do Rosário, "o pedido de impeachment de Bolsonaro que vem das favelas, vilas e comunidades é um grito por justiça e direitos do povo brasileiro que está está sendo mais atingido pelo governo genocida".
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