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Com 4.190 mortes em 24 h, Brasil tem segundo pior dia na pandemia

Ana Caratchuk, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

08/04/2021 18h23Atualizada em 08/04/2021 21h10

Pela segunda vez na semana, mais de 4 mil mortes foram registradas no país num intervalo de 24h. Hoje, foram confirmados 4.190 óbitos, fazendo deste o segundo dia mais mortal desde o início da pandemia. O recorde foi registrado na terça-feira (6), com 4.211 óbitos.

Com isso, o Brasil chegou a um total de 345.287 mortes desde o começo da pandemia. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.

Nos últimos sete dias, morreram, em média, 2.818 pessoas em decorrência da covid-19 no país. Este é o 78º dia consecutivo em que o índice fica acima de mil, no momento que já é considerado o pior de toda a pandemia no país. Isso se confirma pela variação na média de 14 dias atrás, que hoje é de 17%, indicando que a curva de óbitos segue em ascensão.

Esta quinta-feira também representa o terceiro dia em número de diagnósticos. Com 89.293 confirmados, fica atrás apenas dos dias 25 de março (97.586) e 6 de abril (90.973). Assim, o país tem 13.286.324 casos de covid-19.

Mais cedo, o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil registrou 4.249 novas mortes por covid-19 nas últimas 24h. Este é o maior número computado pela pasta em toda a pandemia. Pelos números do órgão, foram computados 86.652 diagnósticos positivos para o novo coronavírus de ontem para hoje.

Segundo o governo federal, 11.732.193 pessoas já se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.202.639 em acompanhamento.

A pandemia nos estados

Três regiões do país apresentam números em estabilidade: Norte (-7%), Nordeste (12%) e Sul (-7%). Centro-Oeste (19%) e Sudeste (40%) estão em aceleração. No geral, o Brasil apresenta aceleração de 17% na variação de 14 dias.

São onze estados e o DF com alta nos registros, enquanto outros onze apresentam estabilidade e quatro estão em queda.

Nove estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Nestes locais, o total de vítimas soma 3.402:

  • São Paulo - 1.299
  • Minas Gerais - 492
  • Rio de Janeiro - 375
  • Paraná - 374
  • Rio Grande do Sul - 277
  • Ceará - 182
  • Santa Catarina - 146
  • Goiás - 132
  • Bahia - 125

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (38%)
  • Minas Gerais: aceleração (53%)
  • Rio de Janeiro: aceleração (66%)
  • São Paulo: aceleração (28%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: estabilidade (-2%)
  • Amapá: aceleração (22%)
  • Pará: estabilidade (-2%)
  • Rondônia: queda (-20%)
  • Roraima: estabilidade (-10%)
  • Tocantins: estabilidade (-9%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estabilidade (4%)
  • Bahia: queda (-16%)
  • Ceará: aceleração (55%)
  • Maranhão: aceleração (31%)
  • Paraíba: estabilidade (3%)
  • Pernambuco: aceleração (24%)
  • Piauí: aceleração (28%)
  • Rio Grande do Norte: estabilidade (-4%)
  • Sergipe: estabilidade (8%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: aceleração (30%)
  • Goiás: estabilidade (10%)
  • Mato Grosso: estabilidade (14%)
  • Mato Grosso do Sul: aceleração (42%)

Região Sul

  • Paraná: aceleração (21%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-20%)
  • Santa Catarina: queda (-21%)

O Brasil em números

Na primeira onda:

  • Maior número de mortes em 24 h: 1.554 (19/7)
  • Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
  • Maior período com média acima de mil: 31 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)

Na segunda onda:

  • Maior número de mortes em 24 h: 4.211 (6/4)
  • Maior média móvel de óbitos: 3.119 (1/4)
  • Maior período com média acima de mil: 78 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 19.603 (de 28/3 a 3/4)

As 40 maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil ocorreram nos últimos 40 dias. As dez mais altas são as seguintes:

  • 1 de abril - 3.119
  • 2 de abril - 3.006
  • 31 de março - 2.971
  • 8 de abril - 2.818
  • 3 de abril - 2.800
  • 6 de abril - 2.775
  • 4 de abril - 2.747
  • 7 de abril - 2.744
  • 30 de março - 2.728
  • 5 de abril - 2.698

Os cinco dias com maior número de mortes em toda a pandemia ocorreram nos últimos 9 dias (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):

  • 6 de abril - 4.211
  • 8 de abril - 4.190
  • 31 de março - 3.950
  • 7 de abril - 3.733
  • 1 de abril - 3.673

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.