Com 4.190 mortes em 24 h, Brasil tem segundo pior dia na pandemia
Pela segunda vez na semana, mais de 4 mil mortes foram registradas no país num intervalo de 24h. Hoje, foram confirmados 4.190 óbitos, fazendo deste o segundo dia mais mortal desde o início da pandemia. O recorde foi registrado na terça-feira (6), com 4.211 óbitos.
Com isso, o Brasil chegou a um total de 345.287 mortes desde o começo da pandemia. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.
Nos últimos sete dias, morreram, em média, 2.818 pessoas em decorrência da covid-19 no país. Este é o 78º dia consecutivo em que o índice fica acima de mil, no momento que já é considerado o pior de toda a pandemia no país. Isso se confirma pela variação na média de 14 dias atrás, que hoje é de 17%, indicando que a curva de óbitos segue em ascensão.
Esta quinta-feira também representa o terceiro dia em número de diagnósticos. Com 89.293 confirmados, fica atrás apenas dos dias 25 de março (97.586) e 6 de abril (90.973). Assim, o país tem 13.286.324 casos de covid-19.
Mais cedo, o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil registrou 4.249 novas mortes por covid-19 nas últimas 24h. Este é o maior número computado pela pasta em toda a pandemia. Pelos números do órgão, foram computados 86.652 diagnósticos positivos para o novo coronavírus de ontem para hoje.
Segundo o governo federal, 11.732.193 pessoas já se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.202.639 em acompanhamento.
A pandemia nos estados
Três regiões do país apresentam números em estabilidade: Norte (-7%), Nordeste (12%) e Sul (-7%). Centro-Oeste (19%) e Sudeste (40%) estão em aceleração. No geral, o Brasil apresenta aceleração de 17% na variação de 14 dias.
São onze estados e o DF com alta nos registros, enquanto outros onze apresentam estabilidade e quatro estão em queda.
Nove estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Nestes locais, o total de vítimas soma 3.402:
- São Paulo - 1.299
- Minas Gerais - 492
- Rio de Janeiro - 375
- Paraná - 374
- Rio Grande do Sul - 277
- Ceará - 182
- Santa Catarina - 146
- Goiás - 132
- Bahia - 125
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (38%)
- Minas Gerais: aceleração (53%)
- Rio de Janeiro: aceleração (66%)
- São Paulo: aceleração (28%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (0%)
- Amazonas: estabilidade (-2%)
- Amapá: aceleração (22%)
- Pará: estabilidade (-2%)
- Rondônia: queda (-20%)
- Roraima: estabilidade (-10%)
- Tocantins: estabilidade (-9%)
Região Nordeste
- Alagoas: estabilidade (4%)
- Bahia: queda (-16%)
- Ceará: aceleração (55%)
- Maranhão: aceleração (31%)
- Paraíba: estabilidade (3%)
- Pernambuco: aceleração (24%)
- Piauí: aceleração (28%)
- Rio Grande do Norte: estabilidade (-4%)
- Sergipe: estabilidade (8%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (30%)
- Goiás: estabilidade (10%)
- Mato Grosso: estabilidade (14%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (42%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (21%)
- Rio Grande do Sul: queda (-20%)
- Santa Catarina: queda (-21%)
O Brasil em números
Na primeira onda:
- Maior número de mortes em 24 h: 1.554 (19/7)
- Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
- Maior período com média acima de mil: 31 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)
Na segunda onda:
- Maior número de mortes em 24 h: 4.211 (6/4)
- Maior média móvel de óbitos: 3.119 (1/4)
- Maior período com média acima de mil: 78 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 19.603 (de 28/3 a 3/4)
As 40 maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil ocorreram nos últimos 40 dias. As dez mais altas são as seguintes:
- 1 de abril - 3.119
- 2 de abril - 3.006
- 31 de março - 2.971
- 8 de abril - 2.818
- 3 de abril - 2.800
- 6 de abril - 2.775
- 4 de abril - 2.747
- 7 de abril - 2.744
- 30 de março - 2.728
- 5 de abril - 2.698
Os cinco dias com maior número de mortes em toda a pandemia ocorreram nos últimos 9 dias (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):
- 6 de abril - 4.211
- 8 de abril - 4.190
- 31 de março - 3.950
- 7 de abril - 3.733
- 1 de abril - 3.673
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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