Zema afirma que Minas Gerais só tem estoque para 1 ou 2 dias de sedativos
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), informou hoje, durante coletiva de imprensa, que o estado só tem estoque para mais um ou dois dias de sedativos.
Segundo o governador, existe o "risco de pacientes intubados acordarem por falta de sedativos, isso não pode acontecer". Zema alertou para a possibilidade de dias sombrios no sistema de saúde de Minas Gerais.
"A indústria conseguiu triplicar, mas o consumo aumentou muito. Hoje a situação é crítica. Amanhã podemos ter notícias desagradáveis, caso o fornecimento não seja normalizado", afirmou.
Ontem, Minas Gerais registrou o recorde de mortes em 24 horas, com 508 vidas perdidas, entre terça e quarta-feira, segundo dados da secretaria estadual de Saúde.
Vacinação
Romeu Zema também comentou a situação do processo de vacinação em Minas Gerais. O governador pediu que prefeitos não estoquem vacina.
"Onde está mais ágil vai receber um pouco mais de vacina, não é muito, mas vai receber mais. Montar estoque de vacina não é recomendável. Ela precisa ir para o braço das pessoas e não ficar em refrigerador", pediu.
O político do Novo reclamou que alguns prefeitos demoraram para buscar as doses destinadas aos seus municípios e fez um pedido direto aos gestores e profissionais de saúde.
"Sabemos que os profissionais estão exaustos, mas que esse processo continue mesmo aos fins de semana", disse.
O governador também anunciou que o estado vai receber 478.150 doses de vacinas contra a covid-19, que estarão disponíveis para os municípios amanhã. Trabalhadores da saúde, idosos de 70 a 74 e 65 a 69 anos e profissionais das forças de segurança serão o próximo público-alvo a receber o imunizante.
Possível variante mineira
O governador também comentou a possível descoberta de uma nova variante circulando em Minas Gerais. A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) identificou uma nova possível variante do coronavírus circulando em Belo Horizonte. Até o momento, sabe-se que já foram identificadas 18 mutações diferentes do vírus original chinês nessa nova eventual variante, mas ainda não é conhecida sua gravidade ou grau de circulação.
"Toda mutação significa uma dificuldade adicional. Isso está sujeito a acontecer em qualquer lugar e indica que o processo de vacinação precisa ser agilizado. Só assim vamos garantir que o Brasil não seja esse celeiro de mutações", afirmou.
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