30% dos hospitais têm estoque de kit intubação para cinco dias, diz estudo
Cerca de 30% dos hospitais privados do Brasil têm estoque do chamado kit intubação para cinco dias ou menos. Os dados são de um levantamento da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), que analisou o cenário de 71 hospitais de todo o país.
O kit intubação é composto por anestésicos, sedativos e bloqueadores musculares. Sem os medicamentos, a extubação do paciente —a retirada do tubo que ajuda na respiração —é um momento doloroso que gera impactos também a longo prazo, disse a cardiologista Ludhmila Hajjar.
Segundo o levantamento, cidades como Atibaia (SP), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cariacica (ES), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), João Pessoa (PB), Juiz de Fora (MG), Niterói (RJ), Uberlândia (MG), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Serra (ES) trabalham com abastecimento do kit intubação no limite. Nessas cidades, 22 hospitais estão em situação crítica, ou seja, têm estoque inferior ou igual a cinco dias.
Segundo a associação, a alternativa dos hospitais está sendo a importação de insumos da Índia, único país capaz de ofertar a demanda necessário para o mercado brasileiro, diz a Anahp, mas "por questões regulatórias, que estão sendo tratadas em reuniões junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o processo ainda não pode ser concretizado".
O documento da Anahp também aponta a falta de ventiladores em 10 hospitais privados de Belém (PA), Brasília (DF), Cariacica (ES), Juiz de Fora (MG), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), João Pessoa (PB), Salvador (BA), Serra (ES) e Uberlândia (MG).
Já o abastecimento de oxigênio é crítico em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). Cerca de 66% dos hospitais têm estoque para uma semana e 11% têm volume para cinco dias. Pelo menos nove hospitais estão em situação crítica, ou seja, com estoque inferior ou igual a cinco dias.
Nos hospitais do levantamento, a taxa média de ocupação de leitos de UTI é de 85,14%. Os números apontam para uma leve melhora em relação ao cenário da semana anterior (90,77%). "Porém, deve-se levar em consideração que o tratamento dos pacientes com covid-19 é muito complexo, com alta taxa de permanência no leito, grande demanda de suprimentos e cuidados intensivos por equipe multidisciplinar", ressaltou a Anahp.
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