Governo de Minas muda Belo Horizonte e outras regiões para onda vermelha
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou hoje uma mudança na gestão da pandemia de covid-19. Ele passou diversas regiões do estado para uma fase menos restritiva, inclusive a região metropolitana de Belo Horizonte.
As regiões que mudaram da onda roxa para a onda vermelha são: região metropolitana de Belo Horizonte; região de Curvelo; microrregião de Manhuaçu; toda região do Triângulo, norte e sul; e regiões macro do Jequitinhonha - norte, sudeste e sul. "O estado, em termos de área, está de 60 a 70% na onda vermelha. É uma evolução muito grande", destacou Zema.
Depois o governador fez um alerta para a população. "Estamos longe de ter conforto. Ainda temos um sistema hospitalar que opera com carga pesada. Profissionais de saúde estão cansados. Vagas são poucas. Temos que lembrar que precisamos tomar todos cuidados. Mais do que dobramos leitos de enfermaria e UTI. Isso contribuiu muito, mas devido à grande quantidade de casos, precisamos de cautela".
Zema afirmou que a mudança ocorreu "de acordo com decisões técnicas da Secretaria da Saúde", mesmo com índices ainda elevados de casos e mortes por covid-19. Nas últimas 24 horas, foram registradas mais 9.806 infecções, com 469 mortes.
O governador explicou que essas infecções e óbitos ocorrem por um efeito "retardado" e que há sinais de melhoria no sistema de saúde. O número de pacientes esperando leitos de UTI diminuiu de 600 para 394, por exemplo. Mas ressaltou que é importante manter todos cuidados neste momento. "Essas regiões migrando para fase vermelha não deveriam comemorar, mas pensar em como adotar medidas para não retornar à onda roxa".
Más e boas notícias
Fabio Bacheretti, Secretário de Saúde, deixou claro que as mortes por covid-19 continuarão em alta durante o mês de abril. "O óbito de hoje equivale ao caso de 3 semanas atrás, então ainda permanecerá alto durante os próximos dias e semanas de abril".
Mas Fabio também apresentou boas notícias sobre insumos para intubação, estoques de oxigênio medicinal e vacinação. Em relação aos medicamentos, ele comemorou a chegada de novos estoques comprados pelo governo federal.
"Nossa situação continua difícil. Mas vamos receber uma grande remessa de medicamentos vindos de Xangai. O Ministério da Saúde fez essa compra. Será entregue hoje à noite e depois será distribuído. Mas temos também compras do estado. Semana que vem, teremos mais de 150 mil ampolas de sedativos de uma grande empresa brasileira. Há leitos fechados por falta de medicamentos. Mas com isso nosso cenário muda", relatou Fabio.
O governo de Minas também receberá vacinas contra covid. A expectativa é que cheguem, nos próximos dias, 637 mil doses. Dessas, 430 mil serão aplicadas como 1ª dose. E 207 mil como 2ª dose. Com isso, a promessa do governo é deixar todos idosos acima de 60 anos e profissionais de saúde 100% vacinados. Além disso, 18% da força de segurança terá imunizantes.
Sobre o oxigênio medicinal, o Secretário disse que "o momento de maior stress já baixou" e que as empresas vão se concentrar nas regiões que sofrem mais com a falta de cilindros.
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