Doria prorroga fase de transição em SP, mas amplia horários e capacidade
O governo de São Paulo anunciou hoje a prorrogação por duas semanas da fase de transição do Plano São Paulo, que coordena a flexibilização das medidas restritivas de combate à pandemia de covid-19. Em nova etapa, comércio e serviços poderão funcionar até as 21h —regra mais permissiva que a fase laranja. A medida valerá para todo o estado, a partir de amanhã (8) até o dia 23.
Apesar da manutenção do modelo, que mantém todo o território paulista com as mesmas medidas restritivas —ao contrário do antigo, que dividia o estado em regiões—, o horário de funcionamento das atividades econômicas e a capacidade de ocupação dos estabelecimentos comerciais foi ampliada. Agora, comércio e serviços poderão funcionar uma hora a mais —atualmente, o limite é até as 20h—, e a capacidade de ocupação passa de 25% para 30%.
Com os novos horários, o toque de recolher, que está vigente hoje das 20h às 5h, passa para das 21h às 5h. O objetivo é diminuir a circulação de pessoas no período da noite.
A primeira etapa da fase transição começou ainda em 18 de abril, quando o estado saiu da fase emergencial, mais restritiva até agora. Durante o período de março e abril, São Paulo viveu o pior momento da pandemia, com ambos os meses somando o maior número de mortes de pessoas infectadas pelo coronavírus desde o março do ano passado.
De acordo com o Centro de Contingência, quedas nos três principais indicadores principais permitiram que o estado fizesse essa flexibilização. Segundo a Secretaria de Saúde, o estado registrou, nesta semana em relação à anterior:
- diminuições de 10,8% nos novos casos diários,
- de 0,4% em novas internações e
- de 13,5% em óbitos.
Estamos trabalhando com dados objetivos. Os indicadores que temos hoje são de redução dos novos casos, na última semana de redução das internações e de óbito. Nós não acreditamos que esses indicadores estejam apontando para uma terceira onda, então temos que trabalhar em cima dos dados que nós temos. Agora, todo cuidado é pouco.
João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência
Gabbardo responde a uma preocupação apontada por especialistas sobre uma possível nova onda de contaminações após a flexibilização. A avaliação é que a queda atual pode ser revertida em poucos dias se a reabertura for muito ampla.
"O que temos ao nosso favor, nesse momento —e eu venho insistindo nessa hipótese—, é que essa deve ser a ultima vez que São Paulo tenha estado na fase vermelha, porque, se nós continuarmos mantendo esse controle pelas próximas três semanas, junto com a ampliação da vacinação, vão nos oferecer uma outra condição de imunidade", afirmou Gabbardo.
Uma flexibilização acima do que nós temos hoje poderia impactar a pandemia nesse momento, então essa foi uma forma de encontrar um caminho equilibrado, responsável, que está apresentando resultados muito bons.
Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico
Preocupação com o Dia das Mães
O governo paulista também expressou preocupação com o encontro de Dia das Mães. A recomendação é que as pessoas evitem contato muito próximo em locais fechados e não aglomerem, mesmo que mâes ou avós estejam vacinadas.
"Nós tínhamos muita preocupação com as situações que rolavam fora, mas a maioria dos pacientes que acabavam internando é porque se contaminavam em suas próprias casas", alertou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn. Segundo ele, é preciso ter atenção especial durante as refeições.
Se [os encontros] puderem ainda ser feitos em ambientes abertos, ventilados, arejados, evitando essas grandes aglomerações, especialmente os almoços, então tenham essa atenção. E quando estiverem saindo para adquirir presentes para suas mães, procurem ser breves e definam aquilo que querem, façam isso de forma bastante rápida.
Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde
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