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Mandetta: Bolsonaro sabotou combate à covid e Pazuello foi subserviente

Desde que deixou o ministério, Mandetta vem fazendo críticas recorrentes contra a gestão do combate à pandemia - Reprodução/vídeo
Desde que deixou o ministério, Mandetta vem fazendo críticas recorrentes contra a gestão do combate à pandemia Imagem: Reprodução/vídeo

Do UOL, em São Paulo

07/05/2021 23h00

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse hoje que o presidente Jair Bolsonaro sabotou o projeto do ministério para o enfrentamento da pandemia de covid-19. Mandetta também afirmou que o trabalho que o outro ex-ministro Eduardo Pazuello fez no comando da Saúde foi de "baixa qualidade" e que ele foi subserviente.

"Nós estávamos naquele momento com um projeto para enfrentar, ele não quis, ele sabotou sistematicamente", afirmou Mandetta em entrevista à CNN Brasil, lembrando de seus dias à frente do Ministério da Saúde, ainda no começo da pandemia de covid-19.

O ex-ministro ainda fez um apelo para que o presidente Jair Bolsonaro mude sua postura: "Ele precisa tomar um chá de semancol para tentar entender o papel dele na condução desta grave crise sanitária e começar a tomar as medidas que possam ainda salvar".

Desde que deixou o ministério, Mandetta vem fazendo críticas recorrentes contra a gestão do combate à pandemia. Esta semana, ele depôs na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado quando disse que Bolsonaro tomava decisões aconselhado pelos filhos.

Na entrevista à CNN, Mandetta também falou sobre o trabalho de um de seus sucessores, o também ex-ministro Eduardo Pazuello. Para ele, o general "faz um trabalho de muito baixa qualidade e sempre com muita subserviência".

"Vai para Manaus, fica lá, leva cloroquina, manda fazer um aplicativo sobre cloroquina, estimula e larga Manaus sem oxigênio", disse Mandetta, mencionando o agravamento da situação da covid na capital amazonense no início deste ano. Na época, o Ministério da Saúde desenvolveu e divulgou um aplicativo que estimulava, mesmo sem indicação médica, o uso da cloroquina em pacientes infectados com o coronavírus, medicamento que não é eficaz no tratamento da doença.