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Enquanto me indignar, eu vou lutar, diz Mandetta sobre possível candidatura

Andreia Martins e Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

06/05/2021 10h55

Apontado como um possível candidato à Presidência em 2022, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) afirmou que o Brasil hoje "está precisando de um bom debate" político e que, "enquanto me indignar, com certeza vou lutar".

"O Brasil está precisando de um bom debate. O meu olhar, vou deixar à disposição desse debate. Agora, se daí vai se construir uma candidatura, vai uma distância muito grande. A política também está afetada pela pandemia, está difícil. Vamos ver o pós-pandemia na política, se volta aos caminhos naturais", disse Mandetta durante o UOL Entrevista.

A entrevista com o também ex-deputado federal foi conduzida pela jornalista Fabíola Cidral, apresentadora do UOL, e pelos colunistas Tales Faria e Diogo Schelp.

Sobre a eventual candidatura, ele afirmou não ser uma "meta de vida", mas que "vai lutar" enquanto a situação do país pedir.

"Meta de vida não, mas meta de vida de ser indignado com a situação do Brasil, enquanto me indignar, com certeza vou lutar. Agora a gente pode lutar de várias maneiras, não precisa, necessariamente, ser o presidente para colaborar com o Brasil. Até uma não candidatura é um ato político que, se for necessário para não fragmentar, você tem que fazer, tem que estar disposto para colaborar com o que pode fazer", completou.

Com relação a possíveis nomes que ele apoiaria na disputa, Mandetta voltou a falar de Ciro Gomes, do PDT.

"Eu gosto do Ciro, sempre gostei pessoalmente, agora isso vai além de nossas convicções pessoais. Ele tem certezas absolutas, e eu tenho dúvidas absolutas. Então, entre minhas dúvidas e a certeza dele, se tiver um meio-termo onde ele me convença das certezas, eu o convença das dúvidas e ache um caminho viável de compartilhamento de projeto, não vejo nenhum óbice", afirmou sobre um possível apoio.

O ex-ministro ainda comparou Bolsonaro com o PT. "Tem muita gente que diz 'o Brasil que funciona é o meu. O PT é assim. Lula é assim. Se não tiver no projeto dele, você é anti. Bolsonaro é assim, se não tiver do lado, você é anti", afirmou.

"Tenho uma visão de Brasil que representa uma parcela enorme que não querem votar nem em Lula, nem em Bolsonaro. Esse caminho que vocês chamam de terceira via", disse, apontando uma estratégia de unidade: "Se ele se fragmentar, você faz o jogo dos polos".