Procuraram muito e não acharam nada, diz Mandetta sobre problemas na gestão
Primeira testemunha a ser ouvida na abertura da CPI da Covid, na última terça-feira (4), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) afirmou que, pelas perguntas feitas a ele, não acharam irregularidades na sua gestão à frente da pasta durante a pandemia.
"Acho que já devem ter feito investigação para frente, para trás... Pelo nível de perguntas que me fizeram, parece que procuraram muito e não acharam nada. Fiz tudo o que eu achava correto, junto com uma equipe muito correta, muito focada. Agora, falam: 'Você não conseguiu convencer o presidente'. Realmente [não consegui]", afirmou Mandetta durante o UOL Entrevista.
A entrevista como também ex-deputado federal foi conduzida pela jornalista Fabíola Cidral, apresentadora do UOL, e pelos colunistas Tales Faria e Diogo Schelp.
Questionado se sente que pode ser responsabilizado pela má gestão da pandemia no Brasil, o ex-ministro disse não estar preocupado.
"Se eu não tivesse alertado, [tivesse] embarcado naquele devaneio, afrouxado meus valores, cedido ao apelo fácil do cargo, da política, aí sim, eu estaria preocupado, mas não, não arredei o pé um minuto. Tinha conselheiros muitos densos ao meu lado para dizer como me comportar", afirmou.
Mandetta deixou o cargo de ministro da Saúde em abril de 2020, ainda no início da pandemia. Desde então, outros três nomes passaram pelo cargo no governo Bolsonaro: o oncologista Nelson Teich, o general Eduardo Pazuello e o médico Marcelo Queiroga, atual ministro.
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