Topo

Esse conteúdo é antigo

SP tem menos de 10 mil internados por covid-19 em UTIs após quase 2 meses

Estado passou de 10 mil internados em UTIs em 14 de março. Em 1º de abril, esse número chegou a 13 mil pacientes - Reinaldo Canato/UOL
Estado passou de 10 mil internados em UTIs em 14 de março. Em 1º de abril, esse número chegou a 13 mil pacientes Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Henrique Salles Barros, Leonardo Martins e Rafael Bragança

Do UOL, em São Paulo

12/05/2021 15h21Atualizada em 12/05/2021 17h32

Após o pico da pandemia de covid-19 vivido em abril, o estado de São Paulo registrou nos últimos dias menos de 10 mil pessoas internadas com a doença em UTIs (Unidade de Terapia Intensiva). O número havia passado a marca de 10 mil ainda em 14 de março.

O retorno ao patamar registrado em meados de março aconteceu no último domingo (9), quando o governo paulista divulgou que havia 9.944 pessoas infectadas com o coronavírus em UTIs. Em 1º de abril, esse número passou de 13 mil internados.

Em entrevista coletiva realizada hoje sobre a pandemia, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, valorizou a queda no índice, que indica o arrefecimento da covid-19 no estado. No entanto, o número total de internados segue acima de 21 mil por causa das pessoas que se recuperam em enfermarias.

Atualmente, o estado tem 9.939 pessoas com covid-19 em UTIs e 11.480 em enfermarias, totalizando 21.419 pacientes. No fim de março e início de abril, o total de internados permanecia acima de 30 mil. Em 28 de março, eram mais de 31 mil pacientes.

É importante lembrar que nós começamos a baixar esse número [de internados em UTIs], em cifras menores que 10 mil, agora, no dia 9 de maio, e estamos mantendo esses últimos quatro dias essas estatísticas abaixo dos 10 mil. Nós tínhamos números parecidos há dois meses, em 13 de março, quando nós tínhamos 9 mil pessoas internadas nas UTIs.
Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde de São Paulo

Os internados em UTIs no estado já chegaram a ser mais de 13 mil no primeiro dia de abril, mês mais letal da pandemia em São Paulo, com 21.539 mortes —em março, foram 15.159 óbitos. Com isso, a ocupação das UTIs no estado permanecia acima de 90%.

Hoje, impulsionada pela abertura de novos leitos, a taxa de ocupação de UTIs em São Paulo é de 78,3%. Na região metropolitana da capital, o índice chega a 76,4%.

da - Divulgação/Governo do estado de São Paulo - Divulgação/Governo do estado de São Paulo
São Paulo apresenta queda em mortes e novos casos, mas mantém estabilidade em novas internações
Imagem: Divulgação/Governo do estado de São Paulo

Desde o início da pandemia, já são 102.366 mortes causadas pela covid-19 no estado. No último sábado (8), o estado ultrapassou a marca de 100 mil óbitos.

Enquanto as mortes e novos casos da doença seguem caindo no estado em comparação com as semanas anteriores, as novas internações já chegaram a seguir a queda, mas agora apresentam estabilidade.

Rastreio de variantes

Diante do temor por novas variantes que possam causar uma piora da pandemia no estado, Gorinchteyn disse que o governo vem fazendo um trabalho para rastrear as novas cepas, principalmente depois que o último pico da doença foi impulsionado pela variante de Manaus.

Agora, o receio maior é sobre a variante indiana, que já tornou a Índia o epicentro da pandemia no mundo, com quase 4 mil mortes diárias no país.

O que nós temos feito para rastreio de novas variantes são amostras que são colhidas de forma aleatória e especialmente naquelas que têm alguma origem de determinadas regiões. Por exemplo, quando tivemos a cepa do Reino Unido, especialmente aquelas pessoas que tinham sintomas, que vinham daquela região, ou qualquer contactante desses pacientes, eram também investigados no sentido de termos essa cepa localizada.
Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde de São Paulo

O secretário acrescentou que neste momento são quatro variantes principais que podem estar em circulação no estado, a do Reino Unido, da África do Sul, da Índia e a brasileira mais comum, conhecida como P1. No entanto, há também a P2, variante identificada primeiro no Rio de Janeiro.