Brasil tem média de 1.910 mortes por covid e volta a níveis de março
O número de mortes por covid-19 segue tendência de queda no Brasil. O país registrou hoje uma média diária de 1.910 óbitos provocados pelo coronavírus. É 21% menos do que a média de duas semanas atrás. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, e que apura os números com as secretarias estaduais de Saúde.
Já o número total de mortes registradas neste sábado é de 2.067. Nas últimas 24 horas, as Secretarias de Saúde registraram 69.300 novos casos de covid-19 no Brasil.
A média diária é calculada a partir dos dados da última semana. Dessa forma, indica quantas mortes ocorreram por dia, em média, nos últimos sete dias. É a melhor forma de analisar o cenário da covid, porque elimina o efeito de quedas artificiais que costumam ocorrer aos fins de semana —quando cai a inclusão de dados no banco de dados, o que gera um represamento no início da semana.
O pico de mortes ocorreu em 12 de abril, quando a média de óbitos por covid-19 atingiu 3.125. A partir de então, o número vem caindo. O patamar atual, próximo de 1.900 mortes por dia na média, é similar ao registrado em meados de março deste ano.
A situação, no entanto, ainda é muito mais grave do que qualquer momento da pandemia em 2020. Já são 115 dias em que a média diária de mortes fica acima de mil, apontando que, apesar da queda, os indicadores ainda estão elevados.
Na maioria dos estados do país, o cenário é de queda. Em quatro estados do Nordeste, no entanto, o quadro é estável: Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. Na região Norte, Rondônia também tem situação estável. Em nenhum Estado do país as mortes por covid-19 estão em alta.
Até agora, 434.852 pessoas perderam a vida pelo coronavírus no Brasil. É o segundo maior número de vítimas da covid-19 do mundo, só atrás dos Estados Unidos —que têm 35% mais mortes, mas uma população 55% maior que a brasileira. A Índia, no terceiro lugar, registra 266 mil mortes.
Dados do Ministério da Saúde
Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou a ocorrência de 2.087 novas mortes provocadas por covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, houve 434.715 óbitos causados pela doença, ainda de acordo com os cálculos da pasta.
Pelos dados do ministério, houve 67.009 diagnósticos positivos do novo coronavírus entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 15,6 milhões desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 14 milhões de pessoas se recuperaram da doença até o momento no país. Há ainda mais de 1 milhão de casos em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Para ver os gráficos com a evolução dos números em cada estado, clique aqui.
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-18%)
- Minas Gerais: queda (-22%)
- Rio de Janeiro: queda (-18%)
- São Paulo: queda (-23%)
Região Norte
- Acre: queda (-57%)
- Amazonas: queda (-21%)
- Amapá: queda (-19%)
- Pará: queda (-31%)
- Rondônia: estável (10%)
- Roraima: queda (-40%)
- Tocantins: queda (-46%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-19%)
- Bahia: estável (5%)
- Ceará: queda (-29%)
- Maranhão: queda (-29%)
- Paraíba: estável (-7%)
- Pernambuco: queda (-23%)
- Piauí: queda (-16%)
- Rio Grande do Norte: estável (-2%)
- Sergipe: estável (5%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-26%)
- Goiás: queda (-16%)
- Mato Grosso: queda (-23%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-23%)
Região Sul
- Paraná: queda (-21%)
- Rio Grande do Sul: queda (-17%)
- Santa Catarina: queda (-28%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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