Com 2.527 novas mortes de covid, Brasil registra a maior média em 9 dias
O Brasil registrou hoje 2.527 novas mortes de covid-19 e tem a maior média móvel diária de óbitos em nove dias. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Ao todo o país já tem 444.391 óbitos desde o pandemia do novo coronavírus. Em meio a uma desaceleração no ritmo de vacinação, o Brasil saiu da tendência de queda na média móvel e registrou estabilidade pelo segundo dia seguido.
Em média, 1.971 pessoas morreram por dia na última semana, o maior número desde 11 de maio, dia em que foram registrados 1.980 óbitos em média. Com isso, o país teve uma variação de -9% da comparação com 14 dias atrás, o que indica estabilidade.
Este é o 120º dia consecutivo que este número fica acima de 1.000. Na chamada primeira onda, o período mais longo que esta marca permaneceu foi de 31 dias.
Devido ao represamento de dados que ocorre nas secretarias de saúde dos estados durante os fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para se analisar o comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de sete dias corrige essas flutuações nos números e torna possível observar se a doença está crescendo ou caindo no país e nos estados.
A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
O número de novos casos da doença confirmados hoje foi 83.367. O total de diagnósticos positivos para covid-19 feitos no Brasil desde o início da pandemia já atingiu 15.898.558.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Sete estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (1.888) representa mais do que a metade do total de mortes no país:
- São Paulo - 585
- Rio de Janeiro - 374
- Minas Gerais - 295
- Ceará - 229
- Paraná - 143
- Rio Grande do Sul - 136
- Goiás - 126
Sete estados e o Distrito Federal registraram queda, enquanto outros 17 estados apresentaram estabilidade. Amazonas, com 25%, e Piauí, com 31%, registraram alta.
Apenas o Sul apresentou tendência de queda hoje (-22%). As demais tiveram estabilidade: Centro-Oeste (-10%), Nordeste (0%), Norte (-14%) e Sudeste (-8%).
Dados da Saúde
Nesta quinta-feira (20), o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil reportou 2.403 novas mortes causadas pela covid-19 entre ontem e hoje. Desde o começo da pandemia, a doença provocou um total de 444.094 óbitos no país.
Pelos dados do ministério, houve 82.039 diagnósticos positivos para o novo coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o total de infectados para 15.894.094 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 14.385.962 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.064.038 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-1%)
- Minas Gerais: estável (-15%)
- Rio de Janeiro: estável (-5%)
- São Paulo: estável (-8%)
Região Norte
- Acre: queda (-46%)
- Amazonas: alta (25%)
- Amapá: estável (-11%)
- Pará: queda (-18%)
- Rondônia: estável (-11%)
- Roraima: queda (-21%)
- Tocantins: queda (-30%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (-15%)
- Bahia: estável (-2%)
- Ceará: estável (-5%)
- Maranhão: queda (-22%)
- Paraíba: estável (-7%)
- Pernambuco: estável (-1%)
- Piauí: alta (31%)
- Rio Grande do Norte: estável (-4%)
- Sergipe: estável (-2%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-34%)
- Goiás: estável (2%)
- Mato Grosso: estável (-10%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-7%)
Região Sul
- Paraná: queda (-17%)
- Rio Grande do Sul: estável (-15%)
- Santa Catarina: queda (-16%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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