CE monitora suspeito de ter se infectado com a variante descoberta na Índia
A Secretaria de Saúde do Ceará está monitorando um caso suspeito de um viajante que se infectou com a variante do novo coronavírus descoberta na Índia (B.1.617), disse a pasta em nota emitida na manhã de hoje.
De acordo com a secretaria, o paciente é um viajante vindo da Índia que desembarcou em Fortaleza em 9 de maio, um domingo, e passou a ser monitorado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde então.
O viajante, um homem de 35 anos, chegou em Fortaleza e já entrou em isolamento. Nos dias 10 e 11 de maio, realizou dois testes para a covid-19, confirmando que estava infectado com o vírus, embora assintomático.
Na última segunda-feira (17), a Secretaria de Saúde disse ter recebido a notificação do caso suspeito por parte da Anvisa e, no dia seguinte (18), "realizou visita técnica ao local de isolamento do viajante".
"No dia 18 de maio, o viajante fez novo teste, que, desta vez, deu negativo para a doença", disse a pasta na nota, acrescentando que o homem veio acompanhado de um colega de trabalho, que teve resultados negativos para a covid-19 em dois testes realizados anteriormente.
A Secretaria de Saúde do Ceará disse que está acompanhando "as análises dos exames e laudos laboratoriais para rastreio de variante por meio de vigilância genômica", visando confirmar se o homem estava infectado com a B.1.617 ou não.
"É importante ressaltar que todos os viajantes que chegam ao Ceará oriundos de países com circulação de variantes devem cumprir auto-quarentena de 14 dias", concluiu.
Primeiros casos
Ontem, o Maranhão confirmou os primeiros casos de pacientes infectados com a B.1.617 no Brasil. Os contaminados foram seis tripulantes do navio Shandong da ZHI, que veio da África do Sul e foi fretado pela Vale para entregar minério de ferro em São Luís.
Até ontem, um dos tripulantes seguia internado com quadro estável em um hospital particular na capital maranhense. Segundo o governo do MA, dentro do navio continuam 14 pessoas com covid-19.
Hoje, o secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Carlos Lula, afirmou, em entrevista à CNN Brasil, que o Ministério da Saúde demorou para agir contra a chegada da B.1.617 em solo brasileiro.
Ao UOL News, o secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, preocupado com os casos da variante no Maranhão e na Argentina, país vizinho do Brasil, pediu barreiras sanitárias em aeroportos para conter a cepa.
Também hoje, a OMS (Organização Mundial da Saúde), que classificou a B.1.617 como "variante de preocupação mundial", pediu que o Brasil reforce medidas para identificar casos suspeitos da cepa e evitar a propagação da mesma.
"A ideia é a de não dar chance para que o vírus ganhe espaço", explicou Margaret Harris, porta-voz da OMS em Genebra, na Suíça. Atualmente, já há registros da B.1.617 em mais de 40 países.
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