SP pede barreiras sanitárias em aeroportos para conter cepa indiana
A cidade de São Paulo quer criar barreiras sanitárias em aeroportos para conter a cepa indiana, detectada no Maranhão. Segundo o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, uma reunião amanhã com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e membros da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve definir quais medidas podem ser adotadas.
"O ministro Queiroga prontamente nos atendeu para que possamos criar barreiras. Marcamos uma reunião virtual amanhã, no sábado, para tratar de medidas que podemos estabelecer aqui em São Paulo com a Anvisa para controlar a disseminação da variante", disse ele ao UOL News hoje.
O secretário também demonstrou preocupação com os casos confirmados da cepa indiana na Argentina. Ele ressaltou que o controle sanitário em aeroportos é feito pela Anvisa, mas que a proposta da cidade é incluir um grupo de profissionais de saúde para monitorar os voos do Maranhão e da Argentina.
O PCR [teste] é um fator importante de comprovação e também a orientação sanitária. Em locais como as estradas Dutra, Fernão Dias e o Terminal de Ônibus do Anhembi, colocaríamos uma estrutura para fazer a testagem.
Edson Aparecido
A cidade também pretende monitorar quem chega a São Paulo a partir do Maranhão ou da Argentina com o cadastramento de endereço. A estratégia também permite monitorar as pessoas que tiveram contato com os viajantes.
Segundo Edson Aparecido, o Instituto Butantan e o Instituto de Medicina Tropical começaram, há 15 dias, um monitoramento genético das pessoas para verificar as variantes em circulação na cidade.
"Por enquanto, não há nenhuma confirmação para essa cepa, mas o risco de transmissibilidade é muito grande. É importante começar a tomar medidas para evitar uma eventual 3ª onda."
Ele acrescentou que no enfrentamento da 2ª onda do coronavírus, fortalecida pela variante brasileira P.1., a cidade de São Paulo tinha cerca de 50% do nível de ocupação de leitos. Hoje, o patamar é de 79,2% para leitos de UTI.
É muito preocupante se tivermos que enfrentar uma 3ª onda."
Edson Aparecido
Há mais de 12 dias, o nível de ocupação de leitos em SP não recua. "Pedimos que as pessoas não relaxem as medidas de distanciamento social, uso de máscara e álcool em gel."
Cepa indiana no Maranhão
Ontem, a Secretaria de Saúde do Maranhão confirmou os primeiros casos oficiais da cepa indiana (B.1.617.2) do novo coronavírus no Brasil. Os contaminados foram seis tripulantes do navio Shandong da Zhi, que veio da África do Sul e foi fretado pela Vale para entregar minério de ferro em São Luís.
Cerca de cem pessoas tiveram contato com os tripulantes que testaram positivo e serão acompanhadas. O navio Shandong da Zhi está ancorado na costa de São Luís.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) disse que o navio não atracou no porto. Segundo ele, quando notificados, tomaram as providências necessárias.
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