Saúde demorou para evitar chegada da cepa indiana, diz secretário do MA
O secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Carlos Lula, disse que há semanas o Ministério da Saúde tem sido requisitado para ampliar o controle sanitário nas fronteiras para evitar que a cepa indiana da covid-19 fosse registrada no Brasil. No entanto, segundo o secretário, a pasta "demorou muito" para agir. Os primeiros casos da variante foram registrados esta semana, no Maranhão.
Há semanas a gente tinha pedido maior controle nas fronteiras em razão da disseminação dessa nova cepa, e infelizmente o ministério demorou muito. Não importa só tomar a medida correta, precisa tomar a medida correta no momento adequado. A gente sempre tem pressa
Carlos Lula, presidente do Conass
As declarações foram dadas em uma entrevista à CNN na manhã de hoje. O secretário também afirmou que é necessário manter uma vigilância permanente e ampliar a testagem no país. Lula usou como exemplo a tripulação que estava embarcada no navio onde a variante foi identificada. Dos 24 embarcados, 15 testaram positivos, sendo 12 deles assintomáticos.
Pra gente ter ideia de como é importante a continuar com a testagem em massa da população, mesmo em assintomáticos, estava havendo a transmissão da doença. A gente fez o estudo genômico de todos. Como em alguns casos o nível de vírus era muito baixo, não foi possível fazer o sequenciamento genético, mas de seis conseguimos fazer. Em todos os seis, a variante B.1.617, que é a que chamamos de variante indiana Carlos Lula, presidente do Conass
A mutação foi identificada em um indiano de 54 anos que deu entrada em um hospital da rede privada em São Luís na sexta-feira (14). Ele era um tripulante do navio MV Shandong da ZHI, embarcação que veio da Índia.
A notícia foi dada pela Secretaria de Comunicação (Secom) após coletiva de imprensa realizada nesta manhã com o secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula. Mais informações sobre medidas preventivas e de contenção ainda serão divulgadas pela pasta.
Navio não pode atracar
O navio em que os casos foram identificados permanece em quarentena e não está autorizado a atracar no Maranhão. Segundo Carlos Lula, a autorização só acontecerá quando houver certeza de que nenhum dos embarcados é um vetor de transmissão da covid-19.
"A gente vai continuar a vigilância, com esse rastreio e cuidado, sem permitir que o navio atraque até garantir que ninguém da tripulação esteja infectado", disse à CNN.
O secretário reforçou que a vigilância das fronteiras do Brasil ainda é "muito ruim" e que o auxílio aos infectados com a variante indiana está sendo prestado pela Secretaria de Saúde do Maranhão, apesar de a competência ser da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
"A gente ta auxiliando um órgão do governo federal, tanto que o ministro entrou em contato comigo ontem, preocupado. Estamos dando suporte a uma entidade federal".
* Com informações da Agência Estado
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