Com 841 mortes em 24 horas, Brasil ultrapassa 450 mil óbitos de covid-19
Menos de um mês depois de ultrapassar os 400 mil mortos pela covid-19, o Brasil alcançou hoje a marca de 450 mil óbitos. Ao todo, 450.026 pessoas morreram no país em decorrência da doença. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Somente nas últimas 24 horas, foram registradas 841 novas mortes. Também foram feitos 37.563 novos diagnósticos de coronavírus no Brasil nas últimas 24 horas. Contando desde o início da pandemia, o número de casos já chegou a 16.121.136.
Pela primeira vez desde 15 de março, a média móvel ficou abaixo de 1.900 óbitos diários. Foram 1.881 mortes em média nos últimos sete dias.
Porém, há mais de 124 dias, o país registra, em média, mais de 1.000 óbitos pela doença todos os dias. Números muito superiores da chamada primeira onda —em que a média de mortes ficou acima de 1.000 por 31 dias consecutivos— e na iminência de uma terceira onda com risco de ser ainda mais letal.
Analisar a média móvel diária de mortes é o mais ideal para se compreender o comportamento da pandemia, devido ao represamento de dados que ocorre nas secretarias de saúde dos estados durante os fins de semana e feriados. A média de sete dias corrige essas flutuações nos números e torna possível observar se a doença está crescendo ou caindo no país e nos estado
A média móvel de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Com a média de hoje, o país teve uma variação de -5%, o que indica estabilidade. Este já é o sexto dia de estabilidade, embora seja em patamares elevados.
Quatro estados e o Distrito Federal registraram queda, enquanto outros 18 estados apresentaram estabilidade. Outros quatro registraram alta: Amapá (41%), Ceará (20%), Piauí (32%), Mato Grosso do Sul (21%).
Todas as regiões apresentaram tendência de estabilidade. Centro-Oeste (-13%), Nordeste (6%), Norte (-13%), Sudeste (-6%) e Sul (-7%).
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (24) que o Brasil registrou 790 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 449.858 óbitos causados pela doença no país.
Pelos números do ministério, o Brasil computou 37.498 novos casos de covid-19 entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 16.120.756 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 14.552.024 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.118.874 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-4%)
- Minas Gerais: estável (-9%)
- Rio de Janeiro: estável (-1%)
- São Paulo: estável (-7%)
Região Norte
- Acre: queda (-50%)
- Amazonas: estável (-13%)
- Amapá: alta (41%)
- Pará: queda (-17%)
- Rondônia: estável (-2%)
- Roraima: estável (-3%)
- Tocantins: queda (-17%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (-2%)
- Bahia: estável (-12%)
- Ceará: alta (20%)
- Maranhão: estável (7%)
- Paraíba: estável (14%)
- Pernambuco: estável (15%)
- Piauí: alta (32%)
- Rio Grande do Norte: estável (0%)
- Sergipe: estável (-9%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-47%)
- Goiás: estável (-7%)
- Mato Grosso: queda (-20%)
- Mato Grosso do Sul: alta (21%)
Região Sul
- Paraná: estável (-14%)
- Rio Grande do Sul: estável (-2%)
- Santa Catarina: estável (4%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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