Prefeito de Porto Ferreira lamenta ser abrigo de nova variante: 'Vergonha'
O prefeito de Porto Ferreira (SP), Rômulo Rippa (PSD), lamentou hoje a descoberta de uma nova variante do coronavírus na cidade, nomeada de P.4. Ele também fez um apelo para que a população use máscara e evite aglomerações e disse não descartar um lockdown (confinamento total) caso o número de infectados e mortos suba exponencialmente.
"Vejam a situação, olhem a nossa vergonha. Porto Ferreira, uma cidade de 57 mil habitantes, agora ficando conhecida novamente por uma notícia ruim, ser o abrigo de uma nova variante da covid-19", disse o prefeito durante live. "Não adianta terceirizar o problema achando que o problema é só do governo ou só de alguns, o problema é nosso."
Aqui eu não estou para polarizar, muito menos para politizar um problema que não é só meu, é nosso. (...) Ou a sociedade liga o 'semancol', a população passa dar a sua contribuição e a cara daqueles que têm gerado aglomeração, que têm participado desses ambientes, começa a queimar de vergonha... Ou não tem saída.
Rômulo Rippa (PSD), prefeito de Porto Ferreira
Rippa também confirmou que viajará a Brasília amanhã, ainda de madrugada, para uma reunião no Ministério da Saúde com o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo de Medeiros, com o objetivo de pedir a ampliação da vacinação em Porto Ferreira. Até o momento, segundo o prefeito, 18.816 vacinas — incluindo primeiras e segundas doses — foram aplicadas na cidade.
Questionado por uma internauta se a cidade corre risco de entrar em lockdown, Rippa respondeu que sim — mas lamentou novamente.
"Corre risco de lockdown. Não é o nosso desejo, quero tentar afastar, da maneira mais veemente possível, essa hipótese. Até porque nós temos índices de isolamento melhores que as cidades que praticam lockdown, mas o problema é que nossa contaminação não cai, não cede. Não tem uma solução pacífica pronta. Corre o risco? Corre o risco. É o nosso desejo? Não é o nosso desejo", afirmou.
Porto Ferreira está localizada a pouco mais de 230 quilômetros da capital paulista, próxima aos municípios de São Carlos e Pirassununga. A variante P.4 foi identificada a partir de um estudo de vários campi da Unesp (Universidade Estadual Paulista) que mostrou que, desde o início do mês, circulam na cidade as variantes P.1 e P.2, que têm origem em Manaus e no Rio de Janeiro, respectivamente.
Os cientistas dizem ter notificado o Ministério da Ciência e Tecnologia sobre a nova cepa em 4 de maio.
O trabalho envolveu pesquisadores dos campi de São José do Rio Preto, Botucatu e Araraquara e que integram o projeto de pesquisa da rede Corona-Ômica, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O achado científico já foi validado internacionalmente.
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