Saúde diz que 2,3 milhões de doses da Pfizer devem chegar na semana que vem
Do UOL, em São Paulo
27/05/2021 14h19Atualizada em 27/05/2021 14h40
O Ministério da Saúde anunciou hoje a provável chegada de mais 2,3 milhões de doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech ao país na semana que vem. A nova entrega de imunizantes da farmacêutica americana será a sexta realizada desde o final de abril.
Segundo a pasta chefiada pelo ministro Marcelo Queiroga, o novo lote deve chegar nos primeiros dias de junho. Com ele, o país vai totalizar pouco mais de 5,2 milhões de doses da vacina da Pfizer recebidos.
Ontem, chegou ao Brasil o lote mais recente da vacina, com 629.460 doses. Os imunizantes chegaram num voo que aterrissou por volta das 19h no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
O Ministério da Saúde informou que espera contar no mês de junho com um total de 12 milhões de doses entregues do imunizante.
No total, o contrato da Pfizer com o governo federal prevê a entrega de 100 milhões de doses da vacina ao país até o final do terceiro trimestre. Um novo acordo com o Ministério da Saúde prevê o fornecimento de mais 100 milhões de doses no quarto trimestre deste ano.
Atraso na negociação
A vacina da Pfizer recebeu um aval para aplicação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 23 de fevereiro, mas a sua disponibilização no Brasil ocorreu de forma tardia diante da demora do governo federal para fechar um acordo com a farmacêutica.
Em depoimento à CPI da Covid, na semana passada, o CEO da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, revelou que o laboratório teve três cartas com ofertas de vacinas ignoradas pela gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em agosto do ano passado. Depois, a empresa ainda procurou o governo brasileiro em setembro, em novembro e em fevereiro deste ano.
As doses foram negociadas por dezenas de países ainda em 2020, mas o governo brasileiro aceitou a oferta da Pfizer só em março de 2021.
Também à CPI da Covid no Senado, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello justificou o atraso das negociações com a Pfizer alegando que as cláusulas do contrato discutido à época eram "assustadoras".