Quase 630 mil doses da vacina Pfizer chegam ao Brasil
O Ministério da Saúde anunciou hoje a chegada de mais 629.460 doses da vacina da Pfizer para a imunização de brasileiros contra a covid-19 ao Brasil. O voo com o quinto lote do imunizante pousou por volta das 18h55 (de Brasília) no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
Com o novo lote, a Pfizer chega a aproximadamente 3,5 milhões de doses entregues ao PNI (Plano Nacional de Imunização). O primeiro lote, com 1 milhão de doses, foi disponibilizado no dia 29/4, seguido por entregas nos dias 5/5 (628.290 doses), 12/5 (628.290) e 19/5 (629.460).
Ao todo, o contrato da Pfizer prevê a entrega de 100 milhões de doses da vacina ao país até o final do terceiro trimestre de 2021. Um novo acordo com o Ministério da Saúde prevê o fornecimento de mais 100 milhões de doses no quarto trimestre deste ano.
A pasta informou que o próximo lote deve contar com 12 milhões de doses do imunizante a serem entregues no próximo mês.
A vacina da Pfizer recebeu aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no dia 23 de fevereiro, mas a sua disponibilização no Brasil ocorreu de forma tardia diante da demora do Governo Federal em fechar um acordo com a empresa.
Em depoimento à CPI da Covid, na semana passada, o CEO da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, revelou que o laboratório teve três cartas com ofertas de vacinas ignoradas pela gestão Bolsonaro em agosto do ano passado. Depois, a empresa ainda procurou o governo brasileiro em setembro, em novembro e em fevereiro deste ano.
As doses foram negociadas por dezenas de países ainda em 2020, mas o governo brasileiro aceitou a oferta da Pfizer só em março de 2021.
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello justificou o atraso das negociações com a farmacêutica Pfizer, que desenvolve vacinas contra a covid-19, alegando que as cláusulas do contrato firmado à época eram "assustadoras".
"É preciso compreender que a prospecção da Pfizer começou lá em abril e maio. Como discussões do tipo de vacina, estamos falando de vacina completamente diferente do que estamos acostumados, uma tecnologia que não era de conhecimento do Brasil e nós estávamos falando de uma empresa que não topava uma discussão da tecnologia conosco. Era porteira fechada, isso ou aquilo", disse.
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