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Veja a situação da covid-19 nos estados nesta quinta-feira (27)

Eduardo Valente/Framephoto/Estadão Conteúdo
Imagem: Eduardo Valente/Framephoto/Estadão Conteúdo

Carolina Marins e Douglas Porto

Do UOL, em São Paulo

27/05/2021 20h25Atualizada em 27/05/2021 20h42

O Brasil registrou hoje 2.130 novas mortes de covid-19, chegando a um total de 456.753 óbitos pela doença desde o início da pandemia. Com isso, o país mantém a tendência de estabilidade na média móvel que acumula há nove dias. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.

Pela primeira vez em 76 dias, a média móvel de mortes ficou abaixo de 1.800. Foram 1.766 óbitos em média nos últimos sete dias, com uma variação de -8%, o que indica o nono dia seguido de estabilidade. O dado, que representa a média diária de óbitos a partir dos números contabilizados nos últimos sete dias, teve o menor índice desde 12 de março, quando ficou em 1.761.

Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.

Onze estados e o Distrito Federal registraram queda, enquanto outros 11 estados apresentaram estabilidade. Quatro registraram alta: Amapá (19%) Maranhão (19%), Paraíba (21%) e Mato Grosso do Sul (37%).

Três regiões apresentaram tendência de estabilidade: Nordeste (-3%), Sudeste (-9%) e Sul (2%). Já Centro-Oeste (-16%) e Norte (-25%) registraram queda.

Devido ao represamento de dados que ocorre nas secretarias de saúde dos estados durante os fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para se analisar o comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de sete dias corrige essas flutuações nos números e torna possível observar se a doença está crescendo ou caindo no país e nos estados.

A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-20%)

  • Minas Gerais: estável (1%)

  • Rio de Janeiro: queda (-29%)

  • São Paulo: estável (-3%)

Região Norte

  • Acre: queda (-39%)

  • Amazonas: queda (-48%)

  • Amapá: alta (19%)

  • Pará: queda (-28%)

  • Rondônia: queda (-19%)

  • Roraima: queda (-28%)

  • Tocantins: estável (5%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (9%)

  • Bahia: estável (-3%)

  • Ceará: estável (-5%)

  • Maranhão: alta (19%)

  • Paraíba: alta (21%)

  • Pernambuco: estável (-1%)

  • Piauí: queda (-19%)

  • Rio Grande do Norte: queda (-24%)

  • Sergipe: estável (-14%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-33%)

  • Goiás: queda (-25%)

  • Mato Grosso: queda (-24%)

  • Mato Grosso do Sul: alta (37%)

Região Sul

  • Paraná: estável (7%)

  • Rio Grande do Sul: estável (-6%)

  • Santa Catarina: estável (10%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.