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Rio vacina apenas 65% da meta de pessoas com comorbidades e fará repescagem

Vacinação no Rio de Janeiro - JURANIR BADARÓ/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Vacinação no Rio de Janeiro Imagem: JURANIR BADARÓ/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Lola Ferreira

Do UOL, no Rio

30/05/2021 17h45

A cidade do Rio de Janeiro terminou ontem a vacinação de pessoas maiores de 18 anos com comorbidades, mas apenas 65% desse público tomou a primeira dose contra a covid-19.

A prefeitura fez uma estimativa de 750.914 moradores com comorbidades no município do Rio, entretanto foram aplicadas a 1ª dose em apenas 494.091.

Para contemplar os cerca de 256 mil cariocas restantes que já deveriam ter tomado a vacina, uma repescagem ocorre no próximo sábado (5) em todos os postos de vacinação.

Além das comorbidades, serão vacinadas na repescagem também pessoas com deficiência. Até agora, 14 mil destas já receberam a primeira dose.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, existe a intenção de implantar outros dias de repescagem, mas ainda não há datas confirmadas. Por isso, a orientação é que pessoas com comorbidades ou deficiência procurem um posto de vacinação já no próximo sábado.

Vacinação por idade começa amanhã

Para continuar o calendário, a prefeitura começa amanhã a vacinação de cariocas pelo critério de idade. Serão três dias para cada idade: um dia para mulheres, um dia para homens e outro para repescagem da idade.

Por semana, a previsão é que sejam vacinados todos os cariocas de duas idades, começando com 59 anos até chegar aos 18 anos, em outubro.

Mas o UOL já revelou que para cumprir a meta o Rio tem que acelerar a vacinação em quase 50%. Nos primeiros quatro meses de vacinação, até 16 de maio, o Rio teve uma média de 17 mil pessoas recebendo a 1ª dose diariamente, cerca de 1,7 milhão no total, de acordo com o Vacinômetro do Ministério da Saúde.

Para que a meta de Paes, divulgada no dia 12 de maio, seja cumprida até outubro, a média diária deve aumentar para 25 mil vacinados. A análise —que exclui os domingos— não abrange as segundas doses.

Outro desafio para cumprir a meta são as recentes mudanças no cronograma de entrega das doses por parte da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Junho iria marcar um "salto" na produção, com 34 milhões de doses entregues ao PNI (Plano Nacional de Imunização). Agora, a previsão é de entregar apenas 18,5 milhões de doses —redução de 45% em relação à previsão inicial.