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Saúde diz que 2,3 milhões de doses da Pfizer devem chegar na semana que vem

Com novo lote, vacina da Pfizer vai totalizar pouco mais de 5,2 milhões de doses entregues ao Brasil - Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Com novo lote, vacina da Pfizer vai totalizar pouco mais de 5,2 milhões de doses entregues ao Brasil Imagem: Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

27/05/2021 14h19Atualizada em 27/05/2021 14h40

O Ministério da Saúde anunciou hoje a provável chegada de mais 2,3 milhões de doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech ao país na semana que vem. A nova entrega de imunizantes da farmacêutica americana será a sexta realizada desde o final de abril.

Segundo a pasta chefiada pelo ministro Marcelo Queiroga, o novo lote deve chegar nos primeiros dias de junho. Com ele, o país vai totalizar pouco mais de 5,2 milhões de doses da vacina da Pfizer recebidos.

Ontem, chegou ao Brasil o lote mais recente da vacina, com 629.460 doses. Os imunizantes chegaram num voo que aterrissou por volta das 19h no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).

O Ministério da Saúde informou que espera contar no mês de junho com um total de 12 milhões de doses entregues do imunizante.

No total, o contrato da Pfizer com o governo federal prevê a entrega de 100 milhões de doses da vacina ao país até o final do terceiro trimestre. Um novo acordo com o Ministério da Saúde prevê o fornecimento de mais 100 milhões de doses no quarto trimestre deste ano.

Atraso na negociação

A vacina da Pfizer recebeu um aval para aplicação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 23 de fevereiro, mas a sua disponibilização no Brasil ocorreu de forma tardia diante da demora do governo federal para fechar um acordo com a farmacêutica.

Em depoimento à CPI da Covid, na semana passada, o CEO da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, revelou que o laboratório teve três cartas com ofertas de vacinas ignoradas pela gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em agosto do ano passado. Depois, a empresa ainda procurou o governo brasileiro em setembro, em novembro e em fevereiro deste ano.

As doses foram negociadas por dezenas de países ainda em 2020, mas o governo brasileiro aceitou a oferta da Pfizer só em março de 2021.

Também à CPI da Covid no Senado, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello justificou o atraso das negociações com a Pfizer alegando que as cláusulas do contrato discutido à época eram "assustadoras".