SP: Secretário da capital prevê novo pico de internações em 15 dias
O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, disse hoje que espera um novo pico de internações por covid-19 na capital paulista em 15 dias. Em entrevista à CNN Brasil, Aparecido disse que são esperados índices semelhantes ao verificado no começo de abril.
A projeção feita pela equipe aponta para o dia 10 de junho como possível dia de um novo pico. As previsões levam em conta diversos índices epidemiológicos, como o número de casos.
"Toda nossa área de planejamento, na última sexta-feira, fizemos uma projeção e possivelmente no dia 10 de junho teremos um pico de internação semelhante ao pico da segunda onda, em 2 de abril. Ou seja, daqui 15 dias poderemos ter um outro pico muito alto, semelhante ao da segunda onda no começo de abril", disse.
Segundo Aparecido, a taxa de ocupação em UTIs na cidade é de 83%. No Estado, os últimos dados divulgados, na última sexta-feira (28), apontam índice de 81,9%.
"No pico da segunda onda (começo de abril) nós tivemos uma ocupação de leitos de UTI de 93%. Depois teve uma queda, mas há mais de 18 dias temos um patamar muito elevado na taxa de ocupação, com 83% hoje dos leitos ocupados", disse o secretário.
Edson Aparecido disse que, diante da projeção, a prefeitura de São Paulo tem adotado medidas para enfrentar o recrudescimento.
"Estamos terminando de instalar 19 usinas de oxigênio que adquirimos, fizemos a importação dos kits de intubações e estamos abrindo mais 250 leitos de UTI nos próximos 20 dias", disse.
Gabbardo espera redução de casos na 2ª metade de junho
João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência da covid-19 em São Paulo, disse que o governo de São Paulo ainda trabalha com a previsão de queda no número de casos a partir da segunda quinzena de junho. Porém, ele alertou sobre a importância de controlar a situação da variante indiana.
"É esperado que nos primeiros 15 dias de junho tenhamos um aumento de casos, mas não tão intenso quanto em março e começo de abril, não chegaríamos naqueles patamares. A partir da segunda quinzena, a previsão é de uma redução de novos casos porque, analisando os dados dos que foram vacinados, há redução de casos graves, diminuindo internações e ocupação de UTI", afirmou.
"Tem o risco dessa variante, não sabemos o impacto que pode ocasionar. Se ela tiver transmissibilidade maior, as projeções serão atualizadas, tudo vai depender da evolução da pandemia", completou.
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