Randolfe diz que Pfizer enviou 81 e-mails ao governo desde março de 2020
O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a Pfizer enviou 81 e-mails ao governo brasileiro para tratar de vacinas contra o coronavírus. O primeiro teria sido em 17 de março de 2020, no início da pandemia.
Em uma série de postagens no Twitter, o senador disse que vai contar a história de como o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "negligenciou" a compra da vacina da Pfizer e de outros laboratórios.
"A partir de amanhã iremos descrever toda essa história, triste por sinal, que comprova que o governo brasileiro claramente negligenciou a aquisição da vacina da Pfizer e de outros imunizantes", escreveu Randolfe.
O senador publicou a mensagem contida no primeiro e-mail enviado pela Pfizer ao governo brasileiro, em 17 de março de 2020. A carta é assinada pelo CEO da empresa, Albert Bourla, e endereçada ao presidente Bolsonaro.
Na mensagem compartilhada pelo senador, o CEO da Pfizer diz que a empresa mantém estoque de medicamentos hospitalares críticos e que busca "soluções médicas" contra a covid-19. Além disso, o executivo fala em "cinco pontos de compromissos futuros", mas esses pontos não são esclarecidos nas publicações de Randolfe.
O vice-presidente da CPI da Covid ainda publicou o que chamou de "spoiler". Segundo ele, em 2 de dezembro do ano passado, a Pfizer advertiu o governo brasileiro de que iria liberar vacinas para outros países da América do Sul, caso o Brasil não se manifestasse.
"Duas semanas depois, os chilenos começam a vacinar. Hoje, o Chile tem 57% da sua população vacinada com duas doses e nós estamos com 10%", disse o senador.
O UOL questionou a Pfizer sobre a quantidade de e-mails enviados e as respectivas datas, mas a empresa afirmou que não comenta detalhes das negociações com o governo brasileiro.
A reportagem também entrou em contato por e-mail com o Ministério da Saúde e a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) e aguarda posicionamento.
Chile vacinou 45% da população com duas doses
O Chile é o quarto país no mundo que mais imunizou sua população com duas doses da vacina contra a covid-19. De acordo com dados da plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford, 45,3% da população chilena tomou a segunda dose contra o coronavírus, menos que o indicado pelo senador em sua postagem.
Considerando apenas a primeira dose, o percentual de vacinados no Chile é de 59,2%, segundo a plataforma.
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