Cidade de São Paulo mantém vacinação de adolescentes sem comorbidades
A prefeitura de São Paulo afirmou, por meio de uma nota oficial, que manterá a vacinação de adolescentes sem comorbidades apesar de o Ministério da Saúde, em nota informativa publicada ontem, mudar a recomendação.
A nova orientação, feita pela secretaria Extraordinária de Enfrentamento à covid-19, é de que estados e municípios apliquem vacina contra a covid-19 apenas em jovens de 12 a 17 anos com "deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade".
Porém, diversos municípios brasileiros já iniciaram a vacinação de todos os adolescentes. A cidade de São Paulo, por exemplo, já aplica a 1ª dose em todas as pessoas de 12 a 17 anos.
No plano estadual, o governo de São Paulo também informou que não mudará o cronograma e continuará vacinando todos os adolescentes, embora cada município tenha competência para tomar a sua própria decisão.
Em nota, a prefeitura de São Paulo diz que aplicou 712.499 primeiras doses em jovens de 12 a 17 anos, o que representa 84,4% de cobertura vacinal deste público, estimado em 844.073 pessoas.
"Restam, portanto, cerca de 15% para atingir a totalidade da cobertura vacinal do grupo de adolescentes. Assim sendo, [a prefeitura] não interromperá a imunização com doses de Pfizer para adolescentes sem comorbidade na capital", diz o comunicado.
"A pasta esclarece que tomou ciência de nota emitida pelo Ministério da Saúde a respeito da restrição da imunização deste grupo populacional e, em virtude do estágio avançado no Plano Municipal de Imunização (PMI) da capital, seguirá com as diretrizes", completa.
Rio de Janeiro também avisou que manterá a vacinação de adolescentes de acima de 14 anos, mas vai avaliar a situação de jovens de 12 e 13 anos. Natal e Salvador suspenderam a aplicação em adolescentes sem comorbidades.
A vacinação de adolescentes foi autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com o imunizante da Pfizer, que se mostrou seguro para a faixa etária
"Questão logística"
Na nota, a secretaria municipal de Saúde ainda diz entender que a restrição realizada pelo Ministério da Saúde "é apenas por questão logística, pois, trata-se de um imunizante eficaz e seguro previamente autorizado."
Segundo a prefeitura, existe aprovação da Anvisa para o uso da Pfizer em adolescentes e as doses destinadas à imunização deste grupo estão reservadas pelo município e seu uso "não compromete a imunização dos demais grupos elegíveis".
"Em relação à segunda dose (D2) desse grupo, a pasta adianta que vai seguir normalmente, de acordo com o calendário do governo do Estado", completa a nota.
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