Rio mantém vacinação de 14 anos e analisará para as idades de 12 e 13
A cidade do Rio de Janeiro informou que manterá a vacinação de adolescentes de 14 anos, prevista para terminar amanhã (17). Diante do recuo do Ministério da Saúde, que não recomenda mais a vacinação para essa faixa etária, adolescentes de 13 e 12 anos sem comorbidades deverão esperar análise do comitê científico da cidade para saber se poderão se vacinar.
O Rio de Janeiro já havia marcado a vacinação para adolescentes de 14 anos para hoje e amanhã. Até o momento, 236.081 adolescentes receberam a primeira dose de vacina. Agora, o comitê científico que, de acordo com a prefeitura, orienta as decisões sobre covid-19 irá se reunir no próximo dia 22 para orientar sobre a vacinação para os adolescentes que ainda não se vacinaram.
Em nota, a SMS (Secretaria Municipal de Saúde) afirmou que a nova recomendação do ministério "leva em consideração o momento de escassez de vacinas". O anúncio da suspensão ocorre em meio à falta de estoque de certas vacinas em alguns pontos do país, como São Paulo, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. O único imunizante autorizado para aplicação nessa faixa etária é o da Pfizer.
O comunicado do Ministério da Saúde foi publicado ontem à noite. A partir de agora, a pasta orienta a vacinação contra o vírus apenas para pessoas entre 17 e 12 anos que tenham "deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade".
Estado do Rio decide hoje sobre nova regra
O estado do Rio de Janeiro informou que só decidirá sobre novas orientações após uma reunião a ser realizada ainda hoje. De acordo com a SES (Secretaria de Estado de Saúde), participarão da reuniãointegrantes da Comissão Intergestores Bipartite, que conta com representanes da pasta e do Cosems-RJ (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Rio de Janeiro).
"Após o encontro, será elaborada uma orientação única, com o objetivo de normatizar o processo de vacinação do referido grupo", finaliza a nota.
São Paulo mantém aplicação
A Prefeitura de São Paulo também informou hoje que manterá a aplicação. De acordo a Secretaria de Saúde, falta cerca de 15% do grupo da faixa entre 12 e 17 anos a ser vacinado, com 712.499 primeiras doses aplicadas.
Em nota, a SMS de SP também questionou o argumento do Ministério da Saúde. "A SMS entende que a restrição imposta pelo governo federal é apenas por questão logística, pois, trata-se de um imunizante eficaz e seguro previamente autorizado", diz o texto.
São Paulo também argumentou que as doses de Pfizer destinadas aos adolescentes "não comprometem a vacinação dos demais públicos elegíveis".
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