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300 mil vidas perdidas pela covid poderiam ter sido poupadas, diz Randolfe

Randolfe Rodrigues diz que 300 mil mortes da pandemia poderiam ter sido evitadas - Reprodução/Flickr Senado
Randolfe Rodrigues diz que 300 mil mortes da pandemia poderiam ter sido evitadas Imagem: Reprodução/Flickr Senado

Colaboração para o UOL, em Brasília

08/10/2021 19h56

O vice-presidente da CPI da Pandemia no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou, nesta sexta-feira (8), que o relatório final da comissão, a ser apresentado em 19 de outubro, terá cerca de 50 indiciados entre pessoas físicas e jurídicas. A a comissão deverá criar um observatório com parlamentares que participaram da CPI, visando a acompanhar os desdobramentos do relatório aprovado. A deliberação sobre esse documento deve ocorrer em 20 de outubro.

Ao comentar a reta final dos trabalhos, o congressista afirmou que a CPI verificou que cerca de 300 mil vidas perdidas pela pandemia poderiam ter sido poupadas se as devidas medidas tivessem sido, segundo ele, tomadas a tempo.

"Segundo a CPI investigou, poderíamos ter tido pelo menos metade dessas vítimas poupadas. Segundo estudos da Universidade Federal de Pelotas, se tivéssemos começado a imunização no prazo certo, teríamos tido 95 mil compatriotas com a vida preservada. Com uma coordenação nacional de enfrentamento desde o início, teríamos tido outras 200 mil vidas salvas. Poderíamos ter pelo menos 300 mil brasileiros entre nós", disse o parlamentar.

As falas de Randolfe deram-se no dia em que o Brasil ultrapassou a marca 600 mil mortos pela Covid-19, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa em boletim extra na tarde desta sexta-feira (8).

"Em nome da CPI, eu gostaria de prestar minhas homenagens às famílias brasileiras que ficaram órfãs por causa da pandemia, essa tragédia de enormes proporções. Para algumas situações, como o direito à vida e saúde pública, não existem dois lados, só a necessidade de os brasileiros estarem unidos. Seu povo e seu governo, o que não aconteceu em nosso país", disse Randolfe.

O colegiado da comissão apresentou na quinta-feira (7) o calendário com os próximos passos da investigação das ações e omissões do governo federal e outros agentes durante a pandemia que já matou cerca de 600 mil brasileiros.

O último depoimento será o do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, agendado para o dia 18. No dia 19, terça-feira, Renan Calheiros (MDB-AL) fará a leitura do relatório final. Na quarta-feira (20), está prevista a votação do parecer do relator. Até lá, Renan prometeu se reunir com os senadores para colher sugestões de acréscimos ao relatório, que estará disponível a partir do dia 18.